sexta-feira, 30 de maio de 2008


E apesar de frio, o sol volta a brilhar!!!!
E isso se parece com algumas coisas em que andei pensando ontem, e hoje... Maaas, tenho que me ater na idéia que por trás desse 'frio' o sol sempre está lá... Realmente os dias de 'frio' não me fazem bem... servem para alguma coisa, como tudo, mas me preocupam, e me deixam triste...
Bom findi à todos!
E mesmo que agora o frio predomine, vamos dar a cara à tapa né!! E sair da toca hoje à noite...! E sempre! O movimento é essencial, e não deve ser abandonado... o que seria de mim sem ele...
Abraaaço! E... bom, o que importa é o que interessa!! ;)

quinta-feira, 29 de maio de 2008


"Cuidar das relações começa e termina em cuidar de si mesmo, de aprender com as experiências da vida e, definitivamente, sair do papel de vítima.Pode ser que as questões que você enfrenta hoje sejam de fato difíceis e que você se sinta fraco, cansado e sem vontade de continuar. Mas, meu amigo, o caminho é seu, as histórias são suas."
bjooo, bom dia chuvoso (e frio!) pra nós!
Drica

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Paulo Coelho, transcrevendo...

'A intenção é o mais importante: para os antigos feiticeiros do México, a intenção (intento) é uma força que intervém em todos os aspectos do tempo e do espaço. Para poder utilizar e manipular esta força, precisavam ter um comportamento impecável. A meta final de um guerreiro é poder levantar a cabeça além o sulco onde está confinado, olhar ao redor, e modificar o que deseja. Para isso, necessita disciplina e atenção total.
Nada é fácil: nada neste mundo é dado de presente: tudo precisa ser aprendido com muito esforço. Um homem que vai em busca do conhecimento deve ter o mesmo comportamento de um soldado que vai para a guerra: bem desperto, com medo, com respeito, e com absoluta confiança. Se seguir estes requisitos, pode perder uma batalha ou outra, mas jamais irá lamentar-se do seu destino.
O medo é natural: o medo da liberdade que o conhecimento nos traz é absolutamente natural; entretanto, por mais terrível que seja o aprendizado, é pior viver sem sabedoria.
A irritação é desnecessária: irritar-se com os outros significa dar a eles o poder de interferir em nossas vidas. É imperativo deixar este sentimento de lado. Os atos alheios não podem de maneira nenhuma nos desviar de nossa única alternativa na vida: o encontro com o infinito.
O fim é um aliado: quando as coisas começam a ficar confusas, o guerreiro pensa em sua morte, e imediatamente seu espírito encontra-se de novo com ele. A morte está em todas as partes. Podemos comparar aos faróis de um carro que nos segue por uma estrada sinuosa; às vezes os perdemos de vista, às vezes aparecem perto demais, às vezes apaga suas luzes. Mas este carro imaginário jamais se detém (e um dia nos alcança). Só a idéia da morte dá ao homem o desapego suficiente para seguir adiante, apesar de todos os percalços. Um homem que sabe que a morte está se aproximando todos os dias, prova de tudo, mas sem ansiedade.
O presente é único: um guerreiro sabe esperar, porque sabe o que está aguardando. E enquanto espera, não deseja nada, e desta maneira, qualquer coisa que receber – por menor que seja – é uma benção. O homem comum se preocupa em demasiado por querer aos outros, ou ser querido por eles. Um guerreiro sabe o que deseja, e isso é tudo em sua vida (e nisso concentra toda a sua energia). O homem comum gasta o presente agindo como ganhador ou perdedor, e dependendo dos resultados, transforma-se em perseguidor ou vítima. O guerreiro, por outro lado, preocupa-se apenas com os seus atos, que o levarão ao objetivo que traçou para si mesmo.
A intenção é transparente: a intenção (intento) não é um pensamento, nem um objeto, nem um desejo. É aquilo que faz um homem triunfar em seus objetivos, e levantá-lo do chão mesmo quando ele já se entregou à derrota. A intenção é mais forte que o homem.
A batalha é sempre a última: o espírito do guerreiro não se queixa de nada, porque não nasceu para ganhar ou perder. Nasceu para lutar, e cada batalha é a última que está travando sobre a face da Terra. Por isso o guerreiro sempre deixa o seu espírito livre, e quando se entrega ao combate, sabendo que sua intenção é transparente, ele ri e se diverte.'

Sem muitas palavras... tudo bem bom, acordar com essa chuvinha (por mais que eu até não goste muito foi bem bom... exercício de aceitação das coisas que não podemos mudar, hehe).



terça-feira, 27 de maio de 2008

"Quem ama nunca sabe o que ama,
Nem sabe porque ama
Nem o que é amar.
Amar é a eterna inocência
E a única inocência é não pensar."
Fernando Pessoa

Boa terça-feira à todos...

Drica

Às vezes gostaria de prender certos momentos de forma que pudesse reavê-los não somente nas lembranças, mas vivê-los novamente, como se fosse um álbum vivo... Porque, esse momento representado pela foto ao lado, por exemplo, poderia se repetir infinitamente, que jamais eu enjoaria, ou me traria qualquer lembrança ou idéia que não fosse boa, muito boa. Ainda acontecerão muitos outros momentos maravilhosos, e eu arriscaria dizer que estão acontecendo... E fico feliz, em aprender a contemplar e viver cada um desses momentinhos...!

sábado, 24 de maio de 2008


Passa uma rapariga

"Passa de vez em quando uma rapariga numa vida, uma rapariga alta e
morena, com cabelo até à cintura, que olha para trás e para nós como
se nos pedisse para dizer "eu vou matar-me". E essa rapariga só precisa
de um segundo, de um pequeno segredo, que nos esconde na alma, sem
se importar com isso. E fica-nos para o resto da vida, presente em todos
os instantes da vida, atravessada nas nossas poucas alegrias.
Arruina-nos os amores, passando pelos quartos onde estamos deitados
com raparigas muito piores e olhando por cima dos ombros como se
tivesse pena de nós.
Às vezes passa uma rapariga na vida que nunca mais deixa de passar,
que nos interrompe e condena e encanta, sem saber o mal e o bem que
nos faz e que nos fica na alma como aquelas pessoas que passam no
momento em que se tira uma fotografia e passam a ser a pessoa que
se fotografou (...)."
Miguel Esteves Cardoso


Gostei do texto acima.... lembrei de pessoa que ficaram como que fotografias na minha memória, as quais a beleza, inteligência, simpatia, palavras e ações nunca serão esquecidas...
Obrigado à todos eles... Como diz uma famosa frase: 'Cada uma que passa deixa um pouco de si, e leva uma pouco de mim...'

Boa tarde pessoal!!
Espero que estejam bem..! Olha, posso dizer que hoje realmente é um dia especial... Com fazia algum tempo que eu não ia ao Centro Espírita, hoje à tarde fui fazer uma visita... E foi maravilhoso, como sempre! Me senti bem, em paz, e recebi uma grande benção! Mais uma vez, a certeza de que não podemos desistir nunca, e de que cada momento, cada tombo, cada riso ou lágrima tem sua aprendizagem, tem seu tempo, e seu porque. Obrigado à Deus, pela chance de poder superar minhas fraquezas, e à todos meus amigos, por ser a ponte, muitas vezes, entre meus erros e meus acertos, entre a tristeza e a alegria. Cada dia e cada pessoa guarda sua beleza, e deve ser respeitada por isso. Se hoje, algo que alguém que você quer bem não lhe deixa feliz, ora, respeite, pois, primeiro temos o dever de fazer felizes à nós mesmos, e, bom, o resto se conquista com dedicação, sorrisos e valores...!
Boom, e como não podia deixar de ser, abaixo mais uma maravilhoso texto, de Cecília Meireles. Esperoq ue apreciem!! Ahh, assim como a foto, foi tirada na praia, num pôr-do-sol inesquecível!!
"Houve um tempo em que minha janela
se abria sobre uma cidade que parecia
ser feita de giz. Perto da janela havia um
pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra
esfarelada, e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre
com um balde e, em silêncio, ia atirando
com a mão umas gotas de água sobre
as plantas. Não era uma rega: era uma
espécie de aspersão ritual, para que o
jardim não morresse. E eu olhava para
as plantas, para o homem, para as gotas
de água que caíam de seus dedos
magros e meu coração ficava
completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o
jasmineiro em flor. Outras vezes
encontro nuvens espessas. Avisto
crinças que vão para a escola. Pardais
que pulam pelo muro. Gatos que abrem
e fecham os olhos, sonhando com
pardais. Borboletas brancas, duas a
duas, como refelectidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem
personagens de Lope de Vega. Às
vezes um galo canta. Às vezes um
avião passa. Tudo está certo, no seu
lugar, cumprindo o seu destino. E eu me
sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas
felicidades certas, que estão diante de
cada janela, uns dizem que essas coisas
não existem, outros que só existem
diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a
olhar, para poder vê-las assim."

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Pés no chão

Abaixo, trancrevo um texto de Martha Medeiros, publicado na Zero Hora, com o qual me identifiquei muuuito... E que por sua vez, também me fez refletir...

'Manter os pés no chão exige concentração. Não é realxante. Para sair da posição de sentido, preciso me desapegar, me desprender. Será isso ruim?

Volta e meia me pego falando coisas em que nem eu mesma acredito. Por exemplo, costumo dizer por aí que mantenho meu pés no chão, que não sou de delirar, de procurar cabelo em ovo, essas coisas. Pés no chão, pés no chão. Sempre falo isso com um misto de orgulho e ao mesmo tempo de estranhamento. O orgulho até entendo - pés no chão é uma metáfora para sensatez, lucidez. O estranhamento eu compreendi recentemente, quando li uns versos do norueguês Tor Age Bringsvaerd que descobri serem até manjados, mas que eu não conhecia: Quem mantém os dois pés no chão/ não sai do lugar.

Taí o que me incomodava.

Desde então, fico me perguntando o que os meus dois pés no chão têm me trazido de bom. Trouxeram a consciência de que não sou melhor nem pior do que ninguém, que faço o que posso. Os pés no chão me fizeram reconhecer minhas limitações e a não criar expectativas mirabolantes em relação a nada. Me fizeram desenvolver um olho clínico para detectar exibicionistas, arrogantes e toda espécie de gente que "se acha", e que me causam verdadeiro tédio. É o que me trouxeram meus dois pés no chão, tanto o esquerdo quanto o direito.

O que eles podem me tirar é que me assusta.

Não tenho vocação para a permanência eterna, para nada eterno. Não mais. Tinha quando era uma menina e não fazia idéia de que estar em movimento não era sinônimo de indecisão, e sim de sabedoria. Para frente, para trás ou para os lados: não importa a direção, o que vale é a troca de paisagem. O ângulo novo. As coisas que a gente não enxergava antes, quando estava parado.

Ao tirar os dois pés do chão, permito que as certezas me abandonem e me concedo o direito ao mistério. Não fico mais tão segura de nada, e assim abro espaço no cérebro para diversas especulações - que me levarão onde? Não sei.

O "não sei" pode, sem querer, nos apontar um caminho bem legítimo.

Tirando os pés do chão, volto a sonhar, eu que havia trocado sonhos por objetivos. Já não sou criança para temer que essa "levitação" me faça cometer bobagens. Vai ver é de bobagens mesmo que estou precisando.

Manter os pés no chão exige contração, concentração. Não é relaxante. Para sair da posição de sentido, preciso me desapegar, me desprender: será isso ruim?

Não quero mais em mim uma postura militar, uma cabeça de sargento, ao menos não todo o tempo. Preciso encontrar em mim a recruta também, o soldado que cumpre as regras, porém debocha do general quando ele não está vendo.

Vou manter meus pés no chão, porque delirar todo o tempo não é possível, não quando se tem responsabilidades adquiridas. O orgulho da consciência ainda habita em mim. Mas ficar cravada no solo, pra sempre, não dá. Como diz o norueguês, não se vai a lugar algum, então que eu me desloque ao menos em pensamentos, em vertigens mentais, em piruetas audaciosas que me façam pousar alguns metros adiante, lá onde se consegue olhar pra trás e descobrir o bem que fizemos ao mudar."

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Um pouco de Martha Medeiros...

Essa história que eu vou contar agora aconteceu com uma mulher inteligente que estava fazendo uma palestra. Diz ela: "Mês passado participei de um evento sobre o Dia da Mulher. Era um bate-papo com uma platéia composta de umas 250 mulheres de todas as raças, credos e idades. E por falar em idade, lá pelas tantas, fui questionada sobre a minha e, como não me envergonho dela, respondi. Foi um momento inesquecível... A platéia inteira fez um "oooohh" de descrédito. Aí fiquei pensando: "pô, estou neste auditório> > há quase uma hora exibindo minha inteligência, e a única coisa que provocou uma reação calorosa da mulherada foi o fato de eu não aparentar a idade que tenho? Onde é que nós estamos?" Onde não sei, mas estamos correndo atrás de algo caquético chamado "juventude eterna". Estão todos em busca da reversão do tempo. Acho ótimo, porque decrepitude também não é meu sonho de consumo, mas cirurgias estéticas não dão conta desse assunto sozinhas. Há um outro truque que faz com que continuemos a ser chamadas de senhoritas mesmo em idade avançada. A fonte da juventude chama-se mudança. De fato, quem é escravo da repetição está condenado a virar cadáver antes da hora. A única maneira de ser idoso sem envelhecer é não se opor a novos comportamentos, é ter disposição para guinadas. Eu pretendo morrer jovem aos 120 anos. Mudança, o que vem a ser tal coisa? Minha mãe recentemente mudou do apartamento enorme em que morou a vida toda para um bem menorzinho. Teve que vender e doar mais da metade dos móveis e tranqueiras, que havia guardado e, mesmo tendo feito isso com certa dor, ao conquistar uma vida mais compacta e simplificada, rejuvenesceu. Uma amiga casada há 38 anos cansou das galinhagens do marido e o mandou passear, sem temer ficar sozinha aos 65 anos. Rejuvenesceu. Uma outra cansou da pauleira urbana e trocou um baita emprego por um não tão bom, só que em Florianópolis, onde ela vai à praia sempre que tem sol. Rejuvenesceu. Toda mudança cobra um alto preço emocional.Antes de se tomar uma decisão difícil, e durante a tomada, chora-se muito, os questionamentos são inúmeros, a vida se desestabiliza. Mas então chega o depois, a coisa feita, e aí a recompensa fica escancarada na face. Mudanças fazem milagres por nossos olhos, e é no olhar que se percebe a tal juventude eterna. Um olhar opaco pode ser puxado e repuxado por um cirurgião a ponto de as rugas sumirem, só que continuará opaco porque não existe plástica que resgate seu brilho. Quem dá brilho ao olhar é a vida que a gente optou por levar. Olhe-se no espelho...

Bahh, serviu pra mim... Hora de sacudir, levantar a poeira parar de se lamentar...

bjo à todos, bom findii!! Ahh, esse findi vai ser bem importante...!

terça-feira, 13 de maio de 2008

Nossa... os acontecimentos vão se sucedendo, e vão nos ensinando algumas coisas. Coisas que talvez até já deveriam ter sido aprendidas, mas que, por um motivo ou outro, não foram. Aí elas se repetem... No fim de semana que passou aconteceu algo nesses termos. Ai fiquei pensando: 'O que faz as pessoas à não tomarem certas atitudes? À não tomarem iniciativa em busca de algo que querem?' Pois é... O medo é um grande culpado, mas não pode nos paralisar. Ai, pensando à respeito, lembrei de uma frase: "Carpe diem quam minimum credula postero" (agarre o dia, não confie no amanhã).... que vai ao encontro direto do que acontece quando adiamos decisões ou não tomamos certas iniciativas por medo. Claro que certas coisas devem ser pensadas, analisadas, enfim. Mas a vida é vivida no agora, e certo imediatismo tem seu lado positivo em dadas sistuações. Lembro-me de mais isso, que havia anotado no meu 'bloco de notas on-line: 'Cuidar das relações começa e termina em cuidar de si mesmo, de aprender com as experiências da vida e, definitivamente, sair do papel de vítima.Pode ser que as questões que você enfrenta hoje sejam de fato difíceis e que você se sinta fraco, cansado e sem vontade de continuar. Mas, meu amigo, o caminho é seu, as histórias são suas.'
Bom, acho que a colocação acima fecha com chave de ouro...

bjo à todos, e uma boa semana!!

Ps.: Espero que da próxima vez eu faça acontecer...!
'Junte-se aos que jamais disseram: “acabou, preciso parar por aqui”.Porque assim como o inverno é seguido pela primavera, nada pode acabar: depois de atingir seu objetivo é necessário recomeçar de novo, sempre usando tudo que aprendeu no caminho.' Paulo Coelho

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Boom... coloque pra fora... Expresse-se!!! Eu estou tentando. Confesso que por vezes ainda tenho certo medo de fazê-lo, mas como disse Paulo Coelho: "Escrever é um ato de coragem. Mas vale a pena arriscar." Digo mais... a atitude de fazer o blog veio bastante das frases abaixo, também da autoria do citado: "À medida que a caneta vai traçando palavras no papel, suas angústias desaparecem, e suas alegrias permanecem. Para tanto, é necessário ter coragem de olhar no fundo de si mesmo, trazer isso até o mundo exterior, e ter mais coragem ainda para saber que um dia aquilo que escreveu poderá (e deverá) ser lido por alguém." Sempre escrevi. Diários, pensamentos, planos, sensações, sentimentos. Tudo. Mas a coragem de publicar veio bem depois. Certamente não agradaremos à todos, cada um tem seus gostos, suas preferências, mas vale ser a gente mesmo...!

Repressão:: Elisabeth Cavalcante ::
Reprimir significa, entre outras coisas, não deixar que algo aconteça ou prossiga, se manifeste, se movimente, se desenvolva.Se refletirmos com calma acerca destes significados, podemos perceber quanto estamos perdendo ou deixando de crescer quando reprimimos nossa verdadeira natureza, nossos reais sentimentos e nossos potenciais não expressos.A repressão, infelizmente, é parte inerente à nossa formação, nosso condicionamento social. Somos treinados desde muito cedo para reprimir as sensações mais autênticas que experimentamos acerca da vida. O mundo exterior exerce uma pressão poderosa sobre nós e, de modo geral, reage de maneira bastante negativa diante de uma pessoa autêntica, que expressa tudo o que sente e pensa sem qualquer censura.Por causa disso, aprendemos a reprimir nossa autenticidade até que nos tornamos tão automatizados, que sequer temos consciência deste fato. Mas, como tudo o que é reprimido, continua atuando, ainda que num nível inconsciente, não é de admirar que a humanidade se encontre em tal grau de insanidade e desequilíbrio.Recuperar a consciência sobre o que de fato sentimos, desejamos, ou queremos expressar, é essencial para que nos libertemos do condicionamento que ao longo da vida tem nos mantido reprimidos e incapazes de expressar livremente nosso verdadeiro ser.... “E uma vez que você reprima qualquer coisa, a energia que está sendo reprimida começa a azedar dentro de você. A mesma energia que poderia ter se tornado uma flor, torna-se um espinho. A mesma energia que lhe ajudaria a crescer se torna estagnada, começa a cheirar mal. A energia precisa permanecer em um estado fluido; a repressão torna sua vida estagnada. Eu sou contra a repressão e todo pela expressão. Expresse-se. A existência é a expressão de Deus - é disso que consiste a criatividade. Expresse-se, e não condene coisa alguma. Não há nada de errado com você; tudo o que é, é belo. Algo pode precisar de transformação, mas não está errado. Ele não tem que ser abandonado, ele tem que ser transformado. E a transformação acontece através da disciplina; a disciplina vem através da meditação. Fique mais alerta, observador. Mas não carregue conclusões, conclusões prévias.... Se você está indo com sua mulher ou seu marido para um passeio matinal e seu marido diz: "Veja aquela mulher. Como ela é bonita”! Imediatamente o problema surge - ele não pode dizer isso! Não há nada de errado nisso... Você deveria ficar feliz que ele está animado, jovem, que seus olhos ainda podem ver beleza, que ele ainda consegue ser sensível a tudo que é belo. Não há necessidade alguma de sentir ciúmes. Mas o marido não pode dizê-lo, de fato ele irá fingir que não olhou para a outra mulher. Ele olhou, ele está olhando, e pode estar usando óculos escuros somente para esse objetivo! Ele encontrará desculpas para olhar a mulher: ele pode começar a conversar sobre a árvore formosa. Ele não está interessado na árvore, mas na mulher sentada debaixo da árvore! E a mulher sabe perfeitamente bem porque ele está de repente interessado na árvore, afinal, ele nunca mostrou interesse em árvores. A mulher não pode dizer ao marido: "Esse homem é tão bonito!" O marido se sentirá ofendido - seu ego é machucado. Todos carregam a idéia de que "ninguém é mais bonito do que eu”. Agora, todos sabem que isso é puro absurdo. Todo mundo é único, isso é verdade, e todo mundo tem umas poucas coisas que ninguém mais tem. Pode ser que esse homem tenha olhos mais bonitos do que os seus, você pode ter um belo nariz e o nariz dele é feio, mas e quanto aos olhos? Você pode ter uma bela face, mas e quanto ao corpo proporcional dele? As pessoas deveriam ser mais inteligentes e elas deveriam apreciar, elas deveriam ajudar uns aos outros a se apreciarem. Elas deveriam dizer umas às outras: Você está certo. Essa mulher é bonita, esse homem é bonito. E não há nada de errado nisso. E isso não irá destruir o seu amor, isso irá verdadeiramente intensificá-lo, fortalecê-lo. Comunicar-se um com o outro autenticamente é sempre um alimento para o amor. Toda a vez que você começa a fingir ou é forçado a isso, toda a vez que você é forçado a dizer alguma coisa que não quer dizer e não é permitido dizer algo que queira dizer, então o amor começa a desaparecer e a distância é criada.
Abaixo um texto que acho bem interessante... às vezes pode parecer (e é!) tão difícil você sentir-se realizado frente à sua vida às suas conquistas... porque parece que o mundo está sempre e cada vez mais exigindo mais da gente... Nada basta, nada é suficiente. Você precisa consumir mais, ser mais, ter mais. A grande sacada pra mim às vezes, quando entro nessas neuras, é a de ver que não sou um super herói (ai vale a dica do livro Heróis de verdade, do Roberto Shinyashiki...), e nem tenho que ser. A vida é cada segundo, cada momento. Ela vai se esvaindo, o tempo vai passando... não há tempo pra deixar de vivê-la, ou pra dizer que iremos fazê-lo depois, quando tivermos isso ou aquilo, quando conquistarmos certo padrão...
Bom, a vida é agora pessoal! Hoje!! "Carpe diem quam minimum credula postero" (agarre o dia, não confie no amanhã).
bjo à todos!
Boa leitura!


Felicidade realista
Mário Quintana

A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
Não bsta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.
Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.
E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda à domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
É o que dá ver tanta televisão.
Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.
Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor próprio.
Dinheiro é uma benção. Quem tem precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e de criatividade.
Ser feliz de uma forma realista é fazer o impossível e aceitar o improvável.
Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar.
É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente.
A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio.
Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. se a meta está alta demais, reduza-a. se você não está de acordo com as regras, demita-se.
Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixar ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nossocoração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade."