quarta-feira, 21 de julho de 2010

Era uma vez um homem pobre mas corajoso que se chamava Ali. Trabalhava para Ammar, um velho e rico comerciante. Certa noite de inverno, disse Ammar: “ninguém pode passar uma noite assim no alto da montanha, sem cobertor e sem comida. Mas você precisa de dinheiro, e se conseguir fazer isso, receberá uma grande recompensa. Se não conseguir, trabalhará de graça por trinta dias”. Ali respondeu: “amanhã cumprirei esta prova”. Mas ao sair da loja, viu que realmente soprava um vento gelado, ficou com medo, e resolveu perguntar ao seu melhor amigo, Aydi, se não era uma loucura fazer esta aposta. Depois de refletir um pouco, Aydi respondeu: “vou lhe ajudar. Amanhã, quando estiver no alto da montanha, olhe adiante. Eu estarei também no alto da montanha vizinha, passarei a noite inteira com uma fogueira acesa para você. Olhe para o fogo, pense em nossa amizade, e isso o manterá aquecido. Você vai conseguir, e depois eu lhe peço algo em troca.” Ali venceu a prova, pegou o dinheiro, e foi até a casa do amigo: “você me disse que queria um pagamento.” Aydi agarrou-o pelos ombros: ”sim, mas não é em dinheiro. Prometa que, se em algum momento o vento frio passar por minha vida, acenderá para mim o fogo da amizade.”

Paulo Coelho


E o dia do amigo é todo dia...! Obrigada aos amigos, pelo simples fato de fazerem parte da minha vida, em algum momento.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Essa loucura toda


Que loucura né... a gente vai passando pelas coisas, as coisas vão passando pela gente, e vamos tentando nos reconhecer no meio de tanta multidão: de coisas, de sentimentos, de pessoas. O mundo quer voar tão rápido! Dá vontade de dizer: 'hei, pára só um pouquinho pra mim poder respirar!' Pra mim conseguir me reconhecer novamente no meio dessa loucura toda.


É tanta coisa! Pessoas novas, lugares novos, sentimentos novos, perspectivas... dá até uma saudadinha do velho... àquela parte boa do velho, sabe?! àquela parte de ti que tu gostava tanto, que tu tava tão acostumada a ser que já não se podia mais dizer o que era: se era tu que pertencia à ela, ou ela que te pertencia.


Vontadinha de dizer uma pouco pro mundo que eu quero desceeeeer, e ser só uma pessoa qualquer, em qualquer dia, em qualquer lugar.


Sem pressão, se responsabilidade.


Tá tudo pesaaado! Aiiii, chega a hora que minha alma pede uma água, um refresco, um tempo. Ei garçom, um time, please!


Ser eu me basta, queria que além de bastar, fosse possível. Possível largar tudo um pouquinho. Fugir da família, fugir do trabalho, fugir da minha cabeça me cobrando que tenho que ajudar, que tenho que ser legal, que tenho que batalhar, que tenho que crescer espirutualmente, materialmente, que tenho que fazer o que os outros querem, quando o que eu quero é diferente. É, quem disse que seria fácil? Ninguém né... mas às vezes queria que fosse, e ai está minha bruta humanidade. Bem ai.


Sim, tudo passa, e nada é por acaso. Então, amanhã é outro dia, provavelmente depois da meia-noite, hehe.


Às vezes cansa você querer melhorar sempre, saber que quase tudo é possível, saber que as coisas dependem de você. (Tenho também essa mania, se deu certo, a culpa é minha, e se deu errado, é minha também. Já abandonei o conceito de 'certo ' e 'errado', mas, ás vezes os fantasmas vem com tudo).


Às vezes queria que alguém me ajudasse também. Sei que dizer isso é terrível, uma baita porcaria; mas cansa ser forte o tempo todo. Ser pai, mãe, amigo de si mesmo, (e dos outros...), quando o que eu queria é ter alguém que ocupasse essas funções, pra mim poder me ocupar com outras coisas, e mais comigo. E viver um pouco mais, sem stress.


Tche, vamos á então, já que é só segunda e a dor de cabeça tá pegando legal. Até uma leve deprê. Olha sóooo, a Drica de deprê. Será que posso ser humana hoje?!


Daqui a pouco aparece a luzinha no fim do túnel, e vou parar de querer me esconder do mundo e de qualquer cobrança sobre meus ombros.


Que espírito...!
P.S.: Acho que a foto dá uma traduzida legal no post: de costas pro mundo, olhando pra cima, vendo se cai alguma coisa do céu... ops, quer dizer da bermuda do Fritz...!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Eu.



'O tempo do coração bate no compasso certo.' Bem me conheço, que fico querendo quantificar, medir, racionalizar os sentimentos. Para o amor e a beleza não há razões, existir e vivê-las basta. Com seus erros, seus acertos, suas decepções e esforços, vamos (re)formando comportamentos, tomando atitudes que desenham o rumo de nossa vida. Nada como ser abençoada por um bom sentimento; por mais que me questione, porque realmente assim sou. Questionadora, inquieta, pensativa... entre tantas coisas, se escolhe algumas que aparecem mais, que são mais fáceis de serem reveladas. Não pelo motivo de escondê-las, porque todos temos nossas coisinhas que são doídas de mostrar. Porque cada um quer ser meljhor, evoluir, criar novos caminhos no lugar d eoutrso que já não agradam. Nem tudo é tão fácil, mas as coisas se tornam bem mais legais quando você encara até os pensamentos com bons olhos.



Muitas coisas diferentes andam acontecendo; o chão até me falta as vezes.

Costumo gostar do 'diferente'. Mesmices não são coisas que me atraem. Mas ao mesmo tempo dosar e direcionar os acontecimentos é importante. Para que os sentimentos que virão do que acontece sejam bem-vindos, agradáveis.


E, ao mesmo tempo, como sempre digo, atração não é tudo né. Beleza não é tudo; dinheiro não é tudo. 'Tudo' isso é muito bom, mas aquilo que vai no coração e na cabeça supera os bens materiais. Felicidade não se compra. Alegria pode ser. É como você comprar alguma coisa que sempre quis; nossa, é maravilhoso, você conseguiu com seu próprio esforço. Ótimo. Mas fugaz, como tudo na vida. Passageiro. Os sentimentos também são; mas enquanto os temos as coisas se tornam menos 'coisas'; ganham sentido, gosto, sabor. E, quando, gratuitamente, por simplesmente gostar de você, alguém te dá uma 'coisa', tchê, ai tá tudo perdido. Como digo, chega a me dá um arrepio. Hehehe. Aquilo tem gosto, sabor, sentido e, poxa, sentimento e razão!


Boa semana!!!


Beijos da Drica, que continua sendo a mesma... se descobrindo, se reinvantando, e se questionando, porque afinal, agente não tem certeza de nada, a não ser que tudo muda.




'As pessoas não tentam mais decifrar o mistério da vida, e sim fazer parte dele'.

Paulo Coelho