segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Doida ou santa





“Estou no começo do meu desespero e só vejo dois caminhos: ou viro doida ou santa”.

São versos de Adélia Prado, retirados do poema A Serenata. Narra a inquietude de uma mulher que imagina que mais cedo ou mais tarde um homem virá arrebatá-la, logo ela que está envelhecendo e está tomada pela indecisão - não sabe como receber um novo amor não dispondo mais de juventude. E encerra: “De que modo vou abrir a janela, se não for doida? Como a fecharei, se não for santa?”

Adélia é uma poeta danada de boa. E perspicaz. Como pode uma mulher buscar uma definição exata para si mesma, estando em plena meia-idade, depois de já ter trilhado uma longa estrada onde encontrou alegrias e desilusões, e tendo ainda mais estrada pela frente? Se ela tiver coragem de passar por mais alegrias e desilusões - e a gente sabe como as desilusões devastam - terá que ser meio doida. Se preferir se abster de emoções fortes e apaziguar seu coração, então a santidade é a opção. Eu nem preciso dizer o que penso sobre isso, preciso?

Mas vamos lá. Pra começo de conversa, não acredito que haja uma única mulher no mundo que seja santa. Os marmanjos devem estar de cabelo em pé: como assim, e a minha mãe??? Nem ela, caríssimos, nem ela.

Existe mulher cansada, que é outra coisa. Ela deu tanto azar em suas relações que desanimou. Ela ficou tão sem dinheiro de uns tempos pra cá que deixou de ter vaidade. Ela perdeu tanto a fé em dias melhores que passou a se contentar com dias medíocres. Guardou sua loucura em alguma gaveta e nem lembra mais.

Santa mesmo, só Nossa Senhora, mas cá entre nós, não é uma doideira o modo como ela engravidou? (não se escandalize, não me mande e-mails, estou brin-can-do).

Toda mulher é doida. Impossível não ser. A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, sem amor, a vida não vale a pena ser vivida, e dá-lhe usar nosso poder de sedução para encontrar 'the big one', aquele que será inteligente, másculo, se importará com nossos sentimentos e não nos deixará na mão jamais. Uma tarefa que dá para ocupar uma vida, não é mesmo? Mas, além disso,temos que ser independentes, bonitas, ter filhos e fingir de vez em quando que somos santas, ajuizadas, responsáveis, e que nunca, mas nunca, pensaremos em jogar tudo pro alto e embarcar num navio-pirata comandado pelo Johnny Depp, ou então virar uma cafetina, sei lá, diga aí uma fantasia secreta, sua imaginação deve ser melhor que a minha.

Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada,dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante.Pois então. Também é louca. E fascina a todos.

Todas as mulheres estão dispostas a abrir a janela, não importa a idade que tenham. Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota. Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora. E santa, fica combinado, não existe. Uma mulher que só reze, que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseja mais nada? Você vai concordar comigo: só sendo louca de pedra.'





Tô cansadinha... mas passa. ;-)
As fases do ciclo... início, meio e fim. Esse é o momento. Mas hoje não é dia de ficar triste. Segunda-feira, ninguém merece né... hehehe. A fé continua, só tem umas nuvenzinhas encobrindo a visão. Mas passa! hehehe

Sabe aquele dia, que até já passei antes?! Queria 'só' flores, carinho, amor, chocolate, amor, carinho, e um pouco mais de carinho... hehe, não é pedir demais né?! Cuidar da minha vida cansa ás vezes. Mulher boa sofre, é muita coisa pra minha cabeça... Quando isso tudo vai bastar?! Quando quem a gente é basta? Será que vai demorar muito? Mais um capítulo da 'Revolta', hahaha. Chega, tá bom.... nem tenho do que reclamar, fala sério... Me reconheço quando olho no espelho: vejo o que o espelho mostra, e muito mais. Vejo uma mulher com defeitos, com virtudes, cheia de vontade de viver, cheia de dúvidas, confusa as vezes, com muitos sonhos; alguns cor de rosa, alguns sem cor, todos tão lindos! Vejo alguém com muito senso de responsabilidade. Alguém que quer muito aprender, crescer, compartilhar, sorrir. Alguém que ama tanto a vida que as vezes chega a doer! Vejo muito mais do que meu corpo representa. E vejo isso nos outros também. O que não se vê com esses olhos, mas com os olhos da alma.

Nada como um dia após o outro... um minuto pelo menos; e janelas abertas, as da alma pelo menos!

domingo, 28 de novembro de 2010

“As mulheres gostam que lhes digam palavras de amor.O ponto G está nos ouvidos. Inútil procurá-lo em outro lugar.” Isabel Allende (retirada de crônica de Martha Medeiros)


Já tinha lido isso e reli esse findi. É uma ótima colocação. Nada como ouvir palavras de carinho, agradáveis. Coooisa boa né?!


Bom, me sinto caminhanco conforme a vida vai me mostrando caminhos. Conseguindo lidar com as situações conforme elas estão surgindo. É boa essa sensação. De não se ansiar, não se assustar com o que acontece, ou pode acontecer. Confesso também que estava tranquila com tudo isso até a pouco. Ontem eu estava pensando novamente, em como não quero me contentar com pouco. É interessante como não me sinto muito pressionada a ter que escolher um caminho. Acho que cheguei num momento de deixar algum caminho me escolher também. Tudo são momentos né. Confesso que não sei o que fazer. Ou, que talvez, tenha medo de escolher. Bom, pelo menos o primeiro passo de assumir meu medo tá ai. É como eu sempre digo, um passinho de cada vez.

Misturei dois assuntos diferentes... hehe. Mas nenhuma coisa é uma só. Ninguém é só razão ou só emoção. Só chato ou só querido. Só moderno ou só convencional. Somos tudo, uma mistura, uma grande mescla de sentimentos e razões, e loucuras. Sou muitas. E, gosto do que sou. E estou , agora, nesse momentinho, com saudade de ter com quem dividir isso.


Bom, vamos lá, me desejem boa sorte. Amanhã, mais uma possibilidade pela frente. Nada é por acaso.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

'Ninguém pode interferir no que sentimos, pois os sentimentos são sempre válidos. O desafio consiste em compreendermos o que estamos pensando e sentindo e decidir o que vamos fazer com o sentimento, visando ao nosso próprio bem e ao das pessoas envolvidas.(..)O que cada um de nós precisa aprender é como chegar a base do sentimento e descobrir sua causa para podermosequilibrar outra vez nossa energia mental, emocional e espiritual. Isso tudo exige muito trabalho. Também exige que tenhamos coragem de examinar e explorar nosso conflito interior. Exige paciência com o eu e com os outros. Mais importante, exige a disposição de voltar atrás para ir em frente.' (Iyanla Vanzant)


Sabe que mais difícil que sentir e assumir o que sentimos é sentir culpa pelo que sentimos. A culpa por não estar sendo correto perante os outros e si mesmo. Estar fazendo algo por cima de seus princípios. Não é uma preocupação estúpida sobre o que estão pensando sobre você. É porque você mesma está pensando (e sentindo) algo sobre você. Os outros complementam. Isso termina com as coisas boas. Se sobrepõe. Mina a energia de continuar sentindo. Porque cansa estar fazendo uma coisa com a qual você não se sente bem. Sente-se bem com a pessoa, mas não com a situação. Não é completo. Não falo de perfeição, à tempos já desisti dessa idéia. Falo de escolhas mesmo. Algumas, quando não feitas, acabam por arrastar uma situação indefinidamente, e algo que poderia ser bom, acaba terminando antes de começar. São pensamentos, sentimentos, soltos, misturados; confusos mesmo. Mas esse processo está no meio. Dessa confusão com certeza sairão boas coisas; e conclusões. Conclusões, como li em algum lugar hoje, que podem não ser tão conclusivas.
No meio disso descobri que tenho, ainda, medo de dizer não pra algumas pessoas. Um defeito que insiste em aparecer. Medo de colocar pontos finais. Depois que você se envolve, percebe os sentimentos do outro, as angústias, os trejeitos, as maravilhas e as loucuras, e fica mais difícil. Porque todo ser humano quando se deixa mostrar parece encantador. Complexo e encantador. E agora estou tendo que tomar decisões de novo. Coisas estão acontecendo novamente. O movimento da mudança está ai. Uma coisa vai me levar a decidir a outra. Pontos finais pra que surjam novos textos.

Oobrigada Papai do Céu. Eu acredito. Eu acredito que posso ser bem feliz, sem me contentar com pouco. Não quero amores pela metade. Não quero vida pela metade. Que despedace, que doa, que machuque; mas que seja inteiro.

Drica

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A vida nos surpreende. Nos mobiliza. Chorar e sorrir em tão pouco tempo. Magoar-se é como tudo na vida: passa. Porque é preciso, porque tem que ser. Escolhi sorrir agora. Escolher é uma decisão. Tem decisões que tem que ser tomadas rápido. E outras que levam tempo.
Tem 'tempos' que demoram a passar. Outros passam rapidinho, como num piscar de olhos mesmo. Olhar diferente já faz a diferença. O quadro está lá, na parede. Você escolhe de onde vai olhá-lo. Quais cores vão te prender a atenção.

A vida e seus sentimentos, suas glórias, seus desatinos. Tudo isso é viver. E viver é uma benção. Obrigada Papai do Céu. POr tudo.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Amor e perseguição


“As pessoas ficam procurando o amor como solução para todos os seus problemas quando, na realidade, o amor é a recompensa por você ter resolvido os seus problemas”. Norman Mailer. Copiem. Decorem. Aprendam. Temos a mania de achar que amor é algo que se busca. Buscamos o amor em bares, buscamos o amor na interner, buscamos o amor na parada de ônibus. Como num jogo de esconde-esconde, procuramos pelo amor que está oculto dentro das boates, nas salas de aula, nas platéias dos teatros. Ele certamente está por ali, você quase pode sentir o seu cheiro, precisa apenas descobri-lo e agarrá-lo o mais rápido possível, pois só o amor constrói, só o amor salva, só o amor traz felicidade. Amor não é medicamento. Se você está deprimido, histérico ou ansioso demais, o amor não se aproximará,e, caso o faça vai frustrar suas expectativas, porque o amor quer ser recebido com saúde e leveza,ele não suporta a idéia de ser ingerido de quatro em quatro horas, como antibiótico para combater as bactérias da solidão e da falta de auto-estima. Você já ouviu muitas vezes alguém dizer: “Quando eu menos esperava, quando eu havia desistido de procurar, o amor apareceu”. Claro, o amor não é bobo, quer ser bem tratado, por isso escolhe as pessoas que, antes de tudo, tratam bem de si mesmas. “As pessoas ficam procurando o amor como solução para todos os seus problemas quando, na realidade, o amor é a recompensa por você ter resolvido os seus problemas”. Normal Mailer. Divulguem. Repitam. Convençam-se. O amor, ao contrário do que se pensa, não tem que vir antes de tudo: antes de estabilizar a carreira profissional, antes de viajar pelo mundo, de curtir a vida. Ele não é uma garantia de que, a partir do seu surgimento, tudo o mais dará certo. Queremos o amor como pré-requisito para o sucesso nos outros setores, quando na verdade, o amor espera primeiro você ser feliz para só então surgir diante de você sem máscaras e sem fantasia. É esta a condição. É pegar ou largar. Para quem acha que isso é chantagem, arrisco sair em defesa do amor: ser feliz é uma exigência razoável e não é tarefa tão complicada. Felizes aqueles que aprendem a administrar seus conflitos, que aceitam suas oscilações de humor, que dão o melhor de si e não se autoflagelam por causa dos erros que cometem. Felicidade é serenidade. Não tem nada a ver com piscinas, carros e muito menos com príncipes encantados. O amor é o prêmio para quem relaxa."



Martha Medeiros

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Paz e Saudade


'Estar em paz é aceitar serenamente que você não tem todas as armas para conquistar o que deseja, não tem munição suficiente para levar todos os seus planos adiante e não possui um exército que diga amém para todos os seus delírios. Você está só e é um sujeito heróico dentro do possível. Costuma ir à luta por um emprego, por um amor, por grana, por objetivos razoáveis, e quando não dá certo, não dá, e quando erra, paciência, e quando acerta, oba, e quando está cansado, se recolhe, e quando está triste, chora, e quando está alegre, vibra, e quando enxerga longe, vai em frente, e quando a visão embaça, freia, e quando está sozinho, chama, e quando quer continuar sozinho, não chama.
Primeiro passo para a paz: reconciliar-se consigo próprio.
É o que a gente pode fazer de mais concreto, por mais abstrato que pareça'.

Martha Medeiros


"Acredito em saudade, sei o quanto uma ausência pode doer, provocar contração muscular e até náusea. Ausência física, ausência da voz e do cheiro, das risadas e do piscar de olhos, saudade da amizade que ficará na lembrança e em algumas fotos."

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Acho que amo muito...

'Então Charlie Brown
...o que é amor pra você?
- Em 1987 meu pai tinha um carro azul.
- Mas o que isso tem a ver com amor?
- Bom, acontece que todos os dias ele dava carona pra uma moça. Ele saía do carro, abria a porta pra ela, quando ela entrava ele fechava a porta, dava a volta pelo carro e quando ele ia abrir a porta pra entrar, ela apertava a tranca. Ela ficava fazendo caretas e os dois morriam de rir.
...acho que isso é amor'.




Simples e lindo. Morrer de rir me acontece com frequência. Das duas uma.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Ser feliz não é pecado

Martha Medeiros continua me fascinando com seus textos. Com a gravura perfeita que faz do cotidiano e das nossas reações. Confesso que Caio Fernando de Abreu também. Ele vai direitinho aonde dói a ferida. Talvez onde ainda haverá de doer. Tô tentando não me confundir hoje. Mas tô pensando bastante. E isso me faz ver e rever prós e contras, possibilidades e tudo que pode acontecer e talvez nunca aconteça. Depende de mim. Depende mais de mim do que de qualquer pessoa. Odeio dar responsabilidade de minha vida pros outros. Tá na hora de tomar as rédeas de novo. Hahaha. Engraçado. É que só quero um pouco de paz de novo. Essa coisa de estar no meio dos sentimentos me enlouquece. (Já devo ter dito isso umas 1.358 vezes). Não sei se um dia vou tar preparada pra essa loucura toda. Pra esse tipo de loucura.

O remédio é ocupar a cabeça. Voltar a correr. Hoje. E ai tentar não pensar, mas sentir o que se passa, e tentar. Só isso. A vida é tentativa e erro. Chega de tanta cobrança interna. Pressão psicológica. Interna e externa. O que poderia ter sido. O que foi e eu não gostei. O que se imagina e não se fala. As ilusões, e suas consequentes desilusões. Entrelinhas. De novo.

'Lá vem o amor nos dilacerar de novo.' (Caio Fernando de Abreu)




Ser feliz não é pecado

'A felicidade é desprezada por muita gente. A pessoa feliz sofre o preconceito de parecer uma pessoa vazia, sem conteúdo. No entanto, algo ela tem, senão não incomodaria tanto. Será que é porque ela nos confronta com nossa própria miséria existencial? É irritante ver alguém naturalmente linda, rica, simpática, inteligente, culta, talentosa, apaixonada e, ainda por cima, magra! Essa ninfa nunca ouviu falar em insônia, depressão, dívidas, mousse de chocolate?
Os felizes ainda estão associados ao padrão "comercial de margarina", portanto, costumam ser idealizados - e desacreditados. É como se fossem marcianos, só que não são verdes. Por isso, damos mais crédito aos angustiados, aos irônicos, aos pessimistas. Por não aparentarem possuir vínculo com essa tal felicidade, dão a entender que têm uma vida muito mais profunda. Você é feliz? Não espalhe, já que tanta gente se sente agredida com isso. Mas também não se culpe, porque felicidade é coisa bem diferente do que ser linda, rica, simpática e aquela coisa toda. Felicidade, se eu não estiver muito enganada, é ter noção da precariedade da vida, é estar consciente de que nada é fácil, é tirar algum proveito do sofrimento, é não se exigir de forma desumana e, apesar (ou por causa) disso tudo, conseguir ter um prazer quase indecente em estar vivo.
O psicanalista Contardo Calligaris certa vez disse uma frase que sublinhei: "Ser feliz não é tão importante, mais vale ter uma vida interessante". Creio que ele estava rejeitando justamente esta busca pelo kit felicidade, composto de meia dúzia de realizações convencionais. Ter uma vida interessante é outra coisa: é cair e levantar, se movimentar, relacionar-se com as pessoas, não ter medo de mudanças, encarar o erro como um caminho para encontrar novas soluções, ter a cara-de-pau de se testar em outros papéis - e humildade para abandoná-los se não der certo. Uma vida interessante é outro tipo de vida feliz: a que passou ao largo dos contos-de-fada. É o que faz você ter uma biografia com mais de 10 páginas.
Se você acredita que ser feliz compromete seu currículo de intelectual engajado, troque por outro termo, mas não cuspa neste prato. Embriague-se de satisfação íntima e justifique-se dizendo que é um louco, apenas isso. Como você sabe, os loucos sempre encontram as portas do céu abertas.
Rita Lee, que já passou por poucas e boas, mas nunca se queixou de não ter uma vida interessante, anos atrás musicou com Arnaldo Batista estes versos: "Se eles são bonitos, sou Alain Delon/ se eles são famosos/ sou Napoleão/se eles têm três carros/ eu posso voar". Também faço da Balada do Louco meu hino, que assim encerra: "Mais louco é quem me diz que não é feliz".
Eu sou feliz.'


Martha Medeiros

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O mesmo de sempre

O que torna a vida mais difícil também é o que dá sabor à ela. Estive pensando nisso. A parte em mim que achava difícil 'lidar' com certos (ou com todos?!)sentimentos continua achando a mesma coisa. Sem tirar nem pôr. Mas obviamente o que acho e o que acontece nem sempre vai na mesma linha.Ocupo minha cabeça com bobagens de novo. Antes ocupava com mais coisas úteis. Não que amar não seja útil; eu só não consigo entender; e ai reside minha grande fraqueza: entender o que não pode ser entendido. Simplesmente vivido. E estou vivendo; até a última gota; é o que farei. No momento não me preocupo se é certo ou errado, só sei quando é bom ou não. Sei que vou viver até o fim, mesmo não sabendo se este fim está perto ou longe.

Bom, sentimentos confundem. Doem. Apertam. Riem. Abraçam. Pelo menos despertam a bruta humanidade que há em mim. Céu e inferno. E vamos lá; pra frente, ver o que nos espera além da esquina.

Quero férias de sentir. Só hoje. Sem tristeza nem melancolia. Nem sorrisos bobos estampando teu rosto.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Caio Fernando de Abreu

"Acho espantoso viver, acumular memórias, afetos."

"É preciso estar distraído e não esperando absolutamente nada. Não há nada a ser esperado. Nem desesperado."

"Venha quando quiser, ligue, chame, escreva - tem espaço na casa e no coração, só não se perca de mim"

"Tenho dias lindos, mesmo quietinhos"

"Que seja doce."

"Para mim, atualmente, companheirismo e lealdade são meio sinônimos de felicidade. Meus amigos são muito fortes e muito profundos, são amigos de fé, para quem eu posso telefonar às cinco da manhã e dizer: olha, estou querendo me matar, o que eu faço? Eles me dão liberdade para isso, não tenho relações rápidas, quer dizer, tenho porque todo mundo tem, mas procuro sempre aprofundar. E isso é felicidade, você poder contar com os outros, se sentir cuidado, protegido. Dei esse exemplo meio barra pesada de me matar....esquece, posso ligar para ver o nascer do sol no Ibirapuera às cinco da manhã. Já fiz isso, inclusive."

"No meu demente exercício para pisar no real, finjo que não fantasio. E fantasio, fantasio. Até o último momento esperei que você me chamasse pelo telefone. Que você fosse ao aeroporto. Casablanca, última cena."

"Dá um certo trabalho decodificar todas as emoções contraditórias, confusas, somá-las, diminuí-las e tirar essa síntese numa palavra só, esta: gosto."

"Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu. "

'Chegue bem perto de mim. Me olhe , me toque, me diga qualquer coisa.ou não diga nada, mas chegue mais perto. Não seja idiota, não deixe isso se perder, virar poeira, virar nada.'


Todas do Caio Fernando de Abreu. Sabe né, quando eu encuco com um autor, é só ele por um tempo. Amei as frases e os textos dele; assim que ler mais, posto. Essas ai são apaixonadas, que é como me sinto hoje. Ahhh, não pode?! Hehehe, fazer o que, agora já foi. Que seja eterno enquanto dure.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A voz que define nossas escolhas

O fato é que o tempo passa, e vamos vivenciando situações. Às vezes escolhemos coisas com diretrizes em velhos conceitos. Noutras, simplesmente tentamos esquecer quem realmente somos e escolher o diferente, o novo. O fato é que todos estamos constantemente travando uma batalha. Sobre si mesmo. Decidir o que se quer, o que não se quer. Decidir entre o que nos mobiliza e o que nos acalma, entre o azul e o amarelo, entre comprar uma camiseta ou guardar o dinheiro. Sempre haverá o que escolher. A dinâmica da vida é essa.

Não há como ter na vida um comportamento somente, em todas as situações. Uma única atitude que te livre de toda enrascada, que resolva qualquer problema. Cada coisa nos mobiliza de uma forma, e assim também é sua resolução; tem um tempo e um propósito.

Cada situação é única e deve ser encarada como tal.

O que se pode tomar como importante e indiferente a tudo, é que não devemos esquecer quem realmente somos. Os nossos verdadeiros valores, nossa vontades mais secretas; àquelas as quais não conseguimos fugir, escapar, pois fazem parte da nossa essência. Aquela voz que, quer tu queira, quer não, ouves quando coloca a cabeça no travesseiro; que te acompanha e te responde a cada ato, a cada pensamento. A cada energia que colocas no mundo.

Aí sim, você pode descobrir o que realmente combina contigo. E sente o que tem que fazer, como deve agir. Nessas horas o tempo é um bom amigo. Aí, a vozinha se acalma e convive em harmonia contigo, porque tu estás onde deveria estar. Quando se está no eixo, não há necessidade de forçar nada, tudo acontece naturalmente. É como estar no lugar certo, na hora certa. Isso ninguém jamais poderá dizer a ninguém, a gente sente. E sentir, bem, sentir é como ver o vento: você não pode tocá-lo, mas pode sentir o que ele provoca. Sentimentos se impõem falam por si, sejam quais forem.

Um desejo? Ah, podem me chamar de sonhadora, e às minhas idéias de utopia. Mas eu desejo que cada um possa ser feliz. Que contemple suas escolhas sem culpa, sem ódio, sem mágoa. Porque ouviu seu coração, sua razão, sua voz. Porque escolheu por si, não por sua mãe, por sua família, nem pelo vizinho. Escutou sua voz. E tomou a responsabilidade por tudo que acontece na sua vida; de bom e de não tão bom assim. E que, ainda sim, quando não for tão bom, escolha sorrir.

E quando a “vozinha” dentro da sua cabeça deixa de ser única e você passa a ouvir as batidas do coração, aí podemos dizer que temos um SER sentimental ao invés de racional?

Tudo escrito acima faz sentido, tomadas de decisões corretas seguindo o que o mundo diz ser certo, ou o que a gente acredita ser certo, racionalização do pensamento.

Mas e quando esse “rumo a ser tomado” agrega-se à um sentimento, algo irreal, que não podemos controlar ou que não queremos controlar, talvez tenhamos que nos deixar levar mais pelo emocional e deixar um pouco de lado o que nos foi dito que era certo.

Escolher ser feliz pode depender deste “simples” ato de nos desvencilhar do que temos por certo, deixar de lado o que a sociedade possa achar ou julgar, e assim, assumir essa identidade emotiva, deixar a onda nos levar, sem se preocupar muito com as conseqüências.
DEIXE O CORPO A DERIVA!

Escolha enfim, ser feliz.

A vida nos responde e nada é por acaso.



Autoria 'dupla', hehehe
(R. B. S.)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Os confrontos da vida nos preparam para o sucesso

Os confrontos da vida podem nos tornar pessoas mais espiritualizadas e evoluídas, basta que não nos sintamos vítimas do mundo e que tenhamos bom humor para encarar os fatos e assumir as responsabilidades pessoais em fazer as mudanças e tomar as atitudes necessárias.
Se somos tão limitados em nossas percepções, como podemos perceber o que está por trás de tudo? Aí fica difícil...
Os confrontos da vida são necessários para colocar em cheque tudo aquilo que você julgava ser verdade. Nesse confronto, as ilusões do ego vão ser confrontadas com a sua essência divina, daí a sua importância vital.
Mas existem muitos riscos da pessoa se perder nessa adversidade. Você pode se vitimizar, sentir-se carente, chorar, entristecer-se, lamentar-se, reclamar e reclamar. Muito bem, esse é o caminho da autoenganação e, consequentemente, da construção das doenças. O pior de tudo é que é um caminho que lhe conecta a uma sequência de alienação e crises constantes, tudo mostrando a necessidade que você tem de fazer uma transformação interna intensa.
Os confrontos da vida são evidentemente compreendidos como crises, problemas, azar. No entanto, é uma lógica espiritual, ou melhor, é lei da causa e efeito em ação. Perceba que a glória ou o fracasso são construídos e arquitetados, consciente ou inconscientemente. Se sua vida é o maior fracasso, tenha certeza que mesmo sem saber, você construiu, ergueu tijolo por tijolo dessa construção, ou melhor, esse castelo do terror que sua vida se tornou.
Mas a glória e o sucesso são também conquistados pelo planejamento e realização de um projeto pessoal. Alguns projetos dão certo. Já outros nem tanto, porém, deixam suas lições e aprendizados.
Quantas são as pessoas que precisam fracassar antes de vencer? Simplesmente pela necessidade de aprendizado. Então? Está aí a chave, aprender que mesmo o fracasso pode ser o instrumento da vitória.
Uma pessoa espiritualizada aprende a ter noção desses processos e desenvolve condições de aproveitar cada movimento da vida como um instrumento de evolução, em tudo, sempre!
Está sofrendo? Pare, pense: o que eu podia ter feito diferente?
Aja de maneira diferente a partir de agora. Abandone as culpas e prossiga adiante. Está doente?
Cure a sua forma de pensar e sentir. Equilibre as suas emoções definitivamente, expanda sua consciência, amplie os seus limites de uma vez por todas!
Se você está morrendo, com os dias contados, em estado terminal, lembre-se; sua consciência não morre! Seu corpo não é a sua consciência, ele é apenas o veículo do plano físico que carrega a sua alma nessa existência. Mesmo que você só tenha 24 horas de vida nesse corpo, comece agora, mude! Isso no mínimo vai ajudar a sua consciência a elevar o máximo possível a sua alma para dimensões o tanto quanto positivas, com mais harmonia e sutileza.
E se o mundo vai acabar daqui a alguns dias?
Não importa... Se você tiver a consciência mais evoluída, tornando-se alguém espiritualizado, jamais vai sofrer ou se importar com isso, já que, mesmo que soubesse que todas as vidas estivessem por ser dizimadas do planeta, ainda assim, saberia que sua alma suportaria as catástrofes do plano Terra. Não importa o que aconteça, se pensar em evoluir, expandir a sua consciência, mesmo que o mundo acabe, você sabe que a sua essência divina e que seu espírito perpetuarão. Não importa o que aconteça, se for um ser espiritualizado, sempre vai estar numa boa!
Haja o que houver, busque o seu Deus interior, procure ser uma pessoa melhor, e saiba que esse processo pode acontecer de diversas formas, independente de crenças ou religiões.
Uma consciência espiritualizada dá asas para a alma. Sem ela você se tornará pesado, denso e totalmente dependente da terceira dimensão e de todas as ilusões do ego.
É comum a sensação de medo e insegurança para tudo. Medo de perder o emprego, de romper o relacionamento, medo da solidão, medos e medos.
Espiritualizar-se é atingir um estado constante de busca por expansão da consciência, e isso lhe dá a certeza que não importa onde nem quando, as coisas vão dar certo!
Se a espiritualidade é um estado de consciência que lhe sintoniza em uma frequência, e esta, pela lei da atração (ressonância) desencadeia acontecimentos na mesma vibração, portanto, conscientize-se definitivamente:
Quanto mais espiritualizado você for, maior será a sua capacidade de ser feliz e livre!


Bruno J. Gimenez


Não fui eu que escrevi, mas poderia ter sido. Sem tirar nem por, é o que eu penso.