quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Nelson Rodrigues

'E não se esqueça: com o senso comum não se fazem os grandes amores.'
'Eu sei que todo amor implica uma servidão. Mas uma servidão voluntária.'
'O homem que não amamos é a mesma coisa que nada.'
'O homem e a mulher fazem, modelam, espiritualizam ou degradam a criatura amada.'
'O amor é, como a morte, um nivelador absoluto.'
'Ninguém se perde, ninguém se salva, definitivamente. Cada um de nós é suscetível de perder a alma hoje, e ganhá-la amanhã, para perdê-la, outra vez, e ganhá-la, de novo. A nossa salvação é um esforço de todos os dias, um duro, um penoso, um tenza esforço.'
'E, em uma palavra, nunca estaremos definitivamente salvos, nem definitivamente perdidos. Também não me parece exato dizer-se que a virtude seja uma obrigação. Ninguém, com efeito, é 'obrigado' a ser heróico, abnegado, despreendido, bravo e honesto. Um herói que o fosse à força, porque não lhe restasse outra alternativa - não é herói. Ele passa a sê-lo, quando na alternativa do heroísmo e da covardia, escolhe o primeiro. Assim, o bom é aquele que faz o bem, podendo fazer o mal.'
'"O amor vem depois" - dizem os otimistas. Estranho e apavorante argumento! A pessoa arrisca o próprio corpo, a própria alma, por uma hipótese!'
'Que seria de nós, que seria da vida, que seria do mundo, se, de repente, todas as ilusões desaparecessem da face da terra?'


Todas frases acima de autoria de
Nelson Rodrigues - do livro - Não se pode amar e ser feliz ao mesmo tempo.
Não concordo com o título do livro, acredito, na verdade que sim, amando é que se pode, de fato, ser feliz. E falo de amores num sentido amplo. Mas foi um livro interessante. As vezes é bom sair do usual, das mesmas leituras, dos mesmo autores.

Adoro!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

'O Pato selvagem'

“ Era uma vez um bando de patos selvagens que voava nas alturas. Lá de cima se via muito longe, campos verdes, lagos azuis, montanhas misteriosas e os pores-de-sol eram maravilhosos. Mas voar nas alturas era cansativo. Ao final do dia os patos estavam exaustos.  Aconteceu que um dos patos, quando voava nas alturas, olhou para baixo e viu um pequenos sítio, casinha com chaminé, vacas, cavalos, galinhas... e um bando de patos deitados debaixo de um árvore. Como pareciam felizes! Não precisavam trabalhar. Havia milho em abundância. O pato selvagem, cansado, teve inveja deles. Disse adeus aos companheiros, baixou seu vôo e juntou-se aos patos domésticos. Ah! Como era boa a vida, sem precisar fazer força. Ele gostou, fez amizades. O tempo passou. Primavera, verão, outono, inverno... Chegou de novo o tempo da migração dos patos selvagens. E eles passavam grasnando, nas alturas... De repente o pato que fora selvagem começou a sentir uma dor no seu coração, uma saudade daquele mundo selvagem e belo, as coisas que ele via e não via mais: os campos, os lagos, as montanhas, os pores-de-sol. Aqui em baixo a vida era fácil mas os horizontes eram tão curtos! Só se via perto. E a dor foi crescendo no seu peito até que não aguentou mais. Resolveu voltar a juntar-se aos patos selvagens. Abriu suas asas, bateu-as com força, como nos velhos tempos. Ele queria voar! Mas caiu e quase quebrou o pescoço. Estava pesado demais para o vôo. Havia engordado com a boa vida... E assim passou o resto de sua vida, gordo e pesado, olhando para os céus, com nostalgia das alturas...” (Rubem Alves)

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Martha Medeiros e posteriores reflexões...

'Você me abriu para uma nova essência de mim. Muito prazer, garota. Olha só que você também é.'

'Começei a fingir que estava me recuperando, e aí começou a recuperação de fato.'

'Melhor desse jeito, amar com movimento, amar com todas as nossas capacidades, amores pequenos, amores tortos, amores retos, amores para sempre, até segunda ordem.'

'Ambos concordávamos que, depois de uma certa idade, com as metas sociais e familiares cumpridas, tudo que um homem e uma mulher poderiam desejar era se divertirem o tanto que a vontade mandasse e o dinheiro permitisse. Negócio fechado. Onde é que eu assino?'

'E ainda que fosse tudo nota 7, os três pontos que faltavam para alcançar o sublime eram os que conferiam espaço pra minha liberdade, eu completava minha nota 10 sem a ajuda de ninguém.'

'Tenho a idade do meu estado de espírito.'

'Mas, com sorte, talvez eu consiga aceitar que no amor não existe moral da história, enfim.'

Martha Medeiros
Fora de mim

*Acho que é isso que espero, e por isso quero tanto uma casa com flores, marido e filho(s): metas sociais e familiares cumpridas. Só, porque se isso tudo não tiver me realizado, não tiver 'dado certo', ai posso ir em busca de outras coisas com a consciência tranquila por ter tentado, por ter representado um papel que também eu me exijo. 
*As vezes é isso que fazemos: fingir um sentir algo, e ai, quando se vê, aquele fingir se tornou forte e verdadeiro, não é mais fingimento... Assim inventamos amores, assim invetamos até rancores e antipatias;
*A gente também é um monte de coisas, mas só nos deparamos  com algumas delas quando algo específico acontece e nos abre aquela janelinha meio que escondida;
*É, posso quase acreditar que o nota sete se torna um nota 10; liberdade é importante, no sentido de ter a liberdade de ser quem se é, sem precisar fingir-se ou mentir-se;
*É do ser humano isso... em muitas situações da vida não se encontra a 'moral da história', ou então, ela aparece só tempos depois, como uma compreensão, quando já não dói mais tanto, não mexe tanto; quando passamos, mais do que entender, a aceitar.

Boom, acho que é por ai hoje...
Um proveitosíssimo 2.8 pra mim!

domingo, 11 de setembro de 2011

Amanhã, será um lindo dia...

'Tudo tem seu apogeu e seu declínio...

É natural que seja assim, todavia, quando tudo parece convergir para o que supomos o nada, eis que a vida ressurge, triunfante e bela!
Novas folhas, novas flores, na infinita benção do recomeço!´ (Chico Xavier)



Ah, mais uma hora e to de aniver então... gosto de fazer aniver! Foi bom comemorar antecipado, foi bom receber pessoinhas especiais! 
Acho que tenho um caminho grandão pela frente: grandão de coisas pra realizar, de momentos pra viver! E agradeço, agradeço muito! Que Deus me abençõe, e abençoe a todos!
Boa noite!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Maas, cooosa mais linda!

'Neste inverno, meu bem, que fazer se não hibernar?'

'Hay que tener cojones e braço forte para segurar um bom astral todo dia. A gente tem, e se não tem Deus dá, e se Deus não dá a gente inventa, você sabe.'

'Só choro às vezes porque a vida me parece bela (O sol. As cores. As coisas). Mas é de emoção, não de dor. Tá tudo certo.'

'Tenho várias teorias novas sobre a futilidade como arma essencial para a sobrevivência nestes hard times.'
(Caio F. Abreu)

' Não conheço nenhum santo feliz. Estão todos com uma cara de sofrimento, feridas, espadas, espinhos, punhais. Quero um santo que seja uma pessoa normal, exuberante, brincante, feliz nesse mundo onde Deus plantou o Paraíso! Deus sonhou com um lugar maravilhoso, de delícias e beleza, e o plantou. Tão bonito que ele deixou os céus ( lá não havia nem árvores, nem riachos, nem pássaros. Se houvesse ele não teria criado o Paraíso...) e ficou andando pelo jardim. Pelo menos é isso que dizem os textos sagrados. Para mim um santo seria uma pessoa que planta jardins e vive neles. Mas os olhos dos santos canonizados não sorriem para os jardins. Para eles esse mundo é um vale de lágrimas onde perambulam os degregados filhos de Eva, como diz uma reza do rosário. Por isso olham languidamente para os céus. Deus olha para baixo e sorri. Eles olham para cima, chorando. São mais espirituais do que Deus...' (Rubem Alves) 


Que lindezas de dizeres né?! Nooossa, como quando as pessoa s'usam' o coração elas falam e escrevem coisas absurdamente lindas!




Sobre a vida, e o findi, e as boas energias, e meu aniver...

'Estou curioso. Pergunto aos médicos. Será que, num atestado de óbito se pode escrever, no “causa mortis”, simplesmente “velhice”? Se não pode, acho que deveria poder. Explico. Há várias causas para explicar o fato de a chama da vela ter se apagado: uma lufada de vento, alguém a apagou, faltou oxigênio, pingou água no pavio... Nesses casos houve uma “causa mortis” exterior que produziu o apagamento da chama. Mas há também o caso daquela vela que vai queimando, vai queimando, até que a cera acaba e o pavio não tem outra alternativa a não ser apagar. A vida não será assim? Há golpes exteriores que lhe põem um fim. Aí faz sentido em dizer: “causa mortis”. Mas há essa situação em que a morte acontece porque a vida gastou-se toda. Não houve uma causa para a morte. A vida simplesmente acabou... Causa mortis: velhice'.



Rubem Alves
Pra complementar o texto acima, do Rubem Alvez também, claro:
'Acho que a vida humana não se mede nem por batidas cardíacas nem por ondas cerebrais. Somos humanos, permanecemos humanos equanto estiver acesa em nós a chama da esperança e da alegria. Desfeita a esperança da alegria, a vida perde o sentido. É isso que desejo quando acendo minha vela. Peço aos deuses que me levem quando a chama da esperança da alegria se apagar.'
 
Bommm, o feriado foi mais-do-que-maravilhoso!! Só tenho a agradecer, a companhia dos meus maravilhosos amigos e da minha especial família. As vezes sinto por não poder (leia-se não me animar, as vezes não ter condições), de fazer mais pelos outros. Tô com uma bruta vontade de ajudar hoje. Ajudar os outros a serem mais felizes. É bom ver a alegria, a paz no rosto de alguém!
Ahh, e hoje também está sendo muito bom! As vibrações gostosíssimas do meu aniver chegando me fazem tão bem!
 
Uhuuuu, e vamos que vamos, o findi promete muito, e eu acredito em todas as promessas hoje!
Amooooo essa vida que Deus me deu!
 

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Terça com cara de sexta...!

'Nega-me o pão, o ar,



a luz, a primavera,


mas nunca o teu riso,


porque então morreria'.


(Pablo Neruda)



"E todos os dias ficarei tão alegre que incomodarei os outros, o que pouco me importa, já que eu tantas vezes sou incomodada pela alegria superficial e digestiva dos outros."


(Clarice Lispector)




segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Duplamente dinda!

Bom... resumindo, meu msn 'antigo' se foi. Meu e-mail se foi. Duas contas de e-mail na verdade. Isso me fez perceber o quanto 'guardamos' no cyberespaço. É muita coisa, muitos contatos, muito material, muita troca de sentimentos, de tudo, de verdade. E ai, nesse caso, perdendo as contas, tu vê que a internet não é, realmente, assim tão confiável.
Tristinho ter que correr atrás de contatos de novo, sabendo que isso posso recuperar em maioria, mas, os e-mails trocados, os recados, ás histórias contadas... isso foi.
Mas, é a lei da vida. Tudo se vai na verdade. Fica é na lembrança, naquele cálido lugar onde guardamos as coisas que nos são caras. E o dia de hoje vai ficar num lugar bonito, como esse. Porque hoje fui buscar o exame de gravidez da minnha cunhada, e, positivo neles! Vou ser dinda novamente. Cara, sério, ser dinda é maravilhoso. Uma sensação que veio com o João, que curto demais, e agora vai se multiplicar, com essa criaturinha que vem ai!
Que seja, desde já, muito bem vinda(o)!

Ahh, o findi foi mara!!
Boa semana!!!
Abração!