sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

PENSAR É TRANSGREDIR

'...acho que a vida é um processo... É como subir uma montanha. Mesmo que no fim não se esteja tão forte fisicamente, a paisagem visualizada é melhor'. (Lya Luft)



'Se não conheço os mapas,

escolho o imprevisto:
qualquer sinal é um bom presságio'. (Lya Luft)


 
'Há gente que, em vez de destruir, constrói; em lugar de invejar, presenteia; em vez de envenenar, embeleza; em lugar de dilacerar, reúne e agrega'. (Lya Luft)
 


'Apesar das minhas fragilidades, avanço'. (Lya Luft)
 


'Pois viver deveria ser - até o último pensamento e derradeiro olhar - transformar-se'. (Lya Luft)


 


"Não lembro em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos — para não morrermos soterrados na poeira da banalidade embora pareça que ainda estamos vivos. Mas compreendi, num lampejo: então é isso, então é assim. Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada. Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se esvazia, mas como o jarro que se renova a cada gole bebido. Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo. Apalpar, no nevoeiro de quem somos, algo que pareça uma essência: isso, mais ou menos, sou eu. Isso é o que eu queria ser, acredito ser, quero me tornar ou já fui. Muita inquietação por baixo das águas do cotidiano. Mais cômodo seria ficar com o travesseiro sobre a cabeça e adotar o lema reconfortante: "Parar pra pensar, nem pensar!" O problema é que quando menos se espera ele chega, o sorrateiro pensamento que nos faz parar. Pode ser no meio do shopping, no trânsito, na frente da tevê ou do computador. Simplesmente escovando os dentes. Ou na hora da droga, do sexo sem afeto, do desafeto, do rancor, da lamúria, da hesitação e da resignação. Sem ter programado, a gente pára pra pensar. Pode ser um susto: como espiar de um berçário confortável para um corredor com mil possibilidades. Cada porta, uma escolha. Muitas vão se abrir para um nada ou para algum absurdo. Outras, para um jardim de promessas. Alguma, para a noite além da cerca. Hora de tirar os disfarces, aposentar as máscaras e reavaliar: reavaliar-se. Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto. Somos demasiado frívolos: buscamos o atordoamento das mil distrações, corremos de um lado a outro achando que somos grandes cumpridores de tarefas. Quando o primeiro dever seria de vez em quando parar e analisar: quem a gente é, o que fazemos com a nossa vida, o tempo, os amores. E com as obrigações também, é claro, pois não temos sempre cinco anos de idade, quando a prioridade absoluta é dormir abraçado no urso de pelúcia e prosseguir, no sono, o sonho que afinal nessa idade ainda é a vida. Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar. Compreender: somos inquilinos de algo bem maior do que o nosso pequeno segredo individual. É o poderoso ciclo da existência. Nele todos os desastres e toda a beleza têm significado como fases de um processo. Se nos escondermos num canto escuro abafando nossos questionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis ganhos. Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história. O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem. Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada. Parece fácil: "escrever a respeito das coisas é fácil", já me disseram. Eu sei. Mas não é preciso realizar nada de espetacular, nem desejar nada excepcional. Não é preciso nem mesmo ser brilhante, importante, admirado. Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança. Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade. Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for. E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer.
Lya Luft



 Eu não resisto... sei que o texto é longo... mas é que é muito perfeito.
 
Feliz Natal e lá vamos nós!!! Féeeriiaaaaaaasss!! \o/

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Pobreza

Ontem olhei uma entrevista da Marisa Orth e fiquei encantada. Além de excelente atriz ela é uma pessoa excelente. Falou sobre tudo lindamente e contou que tem uma ONG. Falou sobre a pobreza no Brasil de uma maneira que eu nunca havia pensado. Fiquei boquiaberta e muito encantada pela pessoa dela.

E hoje estava pensando na pobreza. Não só na pobreza dos pobres, àqueles que não tem o que comer, que não tem acesso as condições mínimas e básicas. Dá uma coisa dentro de mim sabe. Me dói por dentro. Ainda acho que fazemos muito pouco. Nós como sociedade.

E também pensei sobre o outro tipo de pobreza. A pobreza de espírito.
Pessoas pobres de espírito precisam se promever as custas de outras. Pessoas pobres de espírito tem inveja do sucesso alheio. Pessoas pobres de espírito não abraçam verdadeiramente e estão sempre a espera de um erro de quem os cerca. E quando não tem erros pra apontar, inventam. Pessoas pobres de espírito magoam, machucam e se alimentam da energia negativa que mandam para os outros.

Pessoas pobres de espírito me causam náuseas. Prefiro o afastamento, mesmo que não goste de dissimular. Entendo que às vezes, é uma maneira de se defender. Não se deve conceder poder a alguém assim. Não se pode deixar que elas entrem e façam rombos no coração da gente. Nossa verdade é bonita, e é, mesmo que temporal, nossa.

Mesmo vendo e vivendo certas coisas a minha verdade prevalece.

Pior do pior do mundo é gente pobre de espírito.
E maior riqueza é aquela que toca no coração das pessoas. Que promove mudanças. Que encanta, enobrece e faz bem!


"Se no Natal não posso estar ao lado de todos que amo, então, quando todos que amo estão ao meu lado, é Natal".

Lina Marano


Achei bem bonitinho!
Beijoooo!

Como é bom rever amigos né! É das coisas mais gostosas! Contar as lembranças, as coisas vividas... foi Natal também!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Coisas mil

'É você quem deve colocar as coisas nos devidos lugares? Os devidos lugares são os lugares certos? Nada como propor mais dúvidas na cabeça questionadora de um virginiano... Ponha os pés pra cima, tome um refresco e deguste o momento. Às vezes, sabedoria é deixar tudo como está'. (Amanda Costa)


'Minha mãe segue firme e forte, paparicando netos e neta. Meu pai segue firme e forte na minha lembrança. Gostaria de sonhar mais com ele. Raramente sonho. Sonho muito que estou nadando. É tão bom, no sonho, que preferi não aprender a nadar. Para evitar decepções. Duvido que seja tão bom na vida real. Me basta o sonho. (...) 

Se tem alguém aí prisioneiro da melancolia-banzo-spleen-blues que costuma pintar no fim dos ciclos, achando que seu futuro não vale uma moeda de 11 centavos, deixo meu especial abraço. Enquanto abraço, sussurro: "Vale muito mais!" (...)

Já passei Natais muito alegres e muito tristes. Eu olho nos olhos dos anjos que sobrevoam as árvores enfeitadas nos shoppings apinhados de gente estressada e... não acredito nessa bondade toda. Nem em toda essa maldade. Como diria minha tia Hildegard: a sopa nunca é tão quente quanto a fumaça faz parecer.   Em algum ponto entre quem acha tudo beleza-massa-delícia e quem acha que não-tem-mais-volta-estamos-indo-a-pique, deve estar a verdade. Se é que ela existe. Se é que é uma só.

Então... curto e grosso; simples e de coração: Feliz Natal'!
(Gessinger)

*Claro, claro, Amanda Costa; falar é fácil; eternamente virginiana e eternamente me perguntando a respeito de tudo. E até que me provem o contrário, questionadora até o fim!

*Obviamente, lembrei de mamis; diferentes momentos, diferentes situações, mas sempre lembrada. Sim sim. Repetitivo né?! Mas é que tem dores, ou melhor, saudades que são isso: sempre saudades! 

*Fim dos ciclos, claro! Natal, Ano Novo, convencionado mundialmente como 'fim do ciclo'; como sempre, coisas ganhas, coisas 'perdidas', sentimentos alimentados, ralados, usados, queridos e sem absolutamente nenhuma lógica (ou será que a lógica é simplesmente sentir?). 

*Vale muito mais? Vaaalee! Certo que vale! A vida vale mais, a gente vale mais. E sempre, olhando pra trás e vendo a vida que soubemos e pudemos fazer, a sensação é a de que evoluimos, e de que valeu cada segundinho, cada ajuda que demos, cada momento que compartilhamos. Que o Fernando Pessoa tá certo sim: 'Tudo vale a pena se a alma não é pequena.' E sempre valerá.

* A verdade... não sei. Já quis tanto encontrá-la... mas talvez seja isso: um eterno reconstruir. Busquei as minhas verdades, mas até estas são impermanentes. Continuo buscando... acho que também faz parte do 'não se matar por dentro', não morrer as esperanças. Há de se continuar buscando alguma coisa, e que seja boa. E, se não for, que se torne boa no decorrer do caminho. E se ainda não, que pelo menos o caminho tenha gosto, cheiro ou jeito de algo bom. Pra salvar o dia, pra salvar alguém. Tem tanta gente perdida por ai né? Perdida de esperança, de vida. Tão murchinha! Tanta gente que precisa de um sorriso, de um abraço, de uma palhaçada, né gente?! Acho que esses ainda são os melhores presentes, o que se pode dar a alguém que não é palpável, que não é matéria, mas que muda o mundo, que muda a vida, que brota de novo um 'querer viver' em alguém.

* Os meus maiores ganhos deste ano tem a ver com tudo que me aconteceu, inclusive materialmente. Mas eles se remetem, e se refletem muito fortemente no que eu penso sobre a vida, no que eu tenho de esperança, e no que eu acredito em todo o mundo. É bom sentir, de novo, que o bem ainda é o meu caminho. Que me faz bem. Que me faz humana. Cheia de erros, e cheia de vontade de melhorá-los. E que o bem tem sim, reconhecimento. Que não é regado de elogios todo dia, mas que as pessoas veem, e sentem quem tu é, sem precisar forçar tanto a barra, sem precisar demontrar o que não se é, ou o que não se tem. Basta se permitir conhecer as pessoas, e permitir que os outros te conheçam. Às vezes aquele à quem julgamos tão equivocadamente só precisa de um gesto de carinho, pra se mostrar bom e mau, racional e sentimental, lindo e feio. Como todos nós. Ambíguos e perfeitos em sua complexidade.




Então é isso sim!
Feliz Natal! Ho ho ho


E Paulo Coelho escreve: 'E meu anjo disse: começe a caminhar, para que eu possa começar a abençoa-lo.'

A caminhada apenas continua! Se for pra mudar, que seja pra melhor!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Perfeita simetria

A vida acontece numa simetria perfeita.
Tu visualiza o porque da semana passada ter sido assim, o porque desta semana estar sendo desse jeito.

Deus é perfeito nas suas ações, Ele nos prepara; cabe a nós maturidade, (se a adquirimos nas experiências da vida), pra discernir; mas as ferramentas para isso nos foram dadas.

E é bom se sentir maduro e preparado pra encarar as decisões sem culpa, porque no momento em que decidimos, deixamos tudo claro, fomos contruindo uma clareza dentro das possibilidades que tínhamos. E ai hoje não é tão difícil. No fundo, a gente sabe. A gente sente.

E por ai caminha a humanidade. Estou feliz por mim. Acho que deixo marcas e lembranças boas na vida das pessoas sim. E isso é muito bom pra mim, como ser humano.
Mas os caminhos das pessoas são diferentes. E  cada um tem que arcar com as consequências de suas escolhas. Isso não é opcional. Agradeço muito pela minha educação e por tudo que vivi até hoje. A cada dia vejo o quanto eu sou uma pessoa de caráter. E me sinto orgulhosa, mesmo sabendo que sempre podemos e temos de melhorar.

Obrigada Senhor! Por eu ter me tornado quem eu sou.

Porque eu acredito nas pessoas...


Há pessoas em nossas vidas que preenchem um espaço com alegria;


Daquelas que olham nos olhos, sendo verdadeiras; que tecem elogios, que agradecem e pedem desculpas, com simplicidade;


Pessoas que não precisam fazer jogos para conseguir o que querem, porque seus desejos são realizados segundo suas ações e reações;


Pessoas que fazem o bem, e se protegem do mal;


Pessoas que caminham firmes e mantém a cabeça levantada, sabendo que sua consciência lhes responde;


Pessoas que aprendem mais do que ensinam...


Pessoas que cuidam do seu corpo, porque ele os acompanhrá até o fim, e é a morada do seu espírito;


Que não julgam pretos ou brancos, religiosos ou deficientes;


Pessoas... que nem sempre tem certeza, mas que sempre acreditam em algo bom;


Prefiro acreditar em relacionamentos baseados em confiança, serenidade;


Prefiro acreditar nos encontros de paz;


Que passam, mas deixam marcas, lembranças, e muita, muitas saudades;






É nesse tipo de pessoa que eu acredito!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

"DA GENTE QUE EU GOSTO"



'Eu gosto de gente que vibra, que não tem de ser empurrada, que não tem de dizer que faça as coisas, mas que sabe o que tem que fazer e que faz. A gente que cultiva seus sonhos até que esses sonhos se apoderam de sua própria realidade.

Eu gosto de gente com capacidade para assumir as conseqüências de suas ações, de gente que arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, que se permite, abandona os conselhos sensatos deixando as soluções nas mãos de Deus.
Eu gosto de gente que é justa com sua gente e consigo mesma, da gente que agradece o novo dia, as coisas boas que existem em sua vida, que vive cada hora com bom animo dando o melhor de si, agradecido de estar vivo, de poder distribuir sorrisos, de oferecer suas mãos e ajudar generosamente sem esperar nada em troca.

Eu gosto da gente capaz de me criticar construtivamente e de frente, mas sem me lastimar ou me ferir. Da gente que tem tato. Gosto da gente que possui sentido de justiça. A estes chamo de meus amigos.
Eu gosto da gente que sabe a importância da alegria e a pratica. Da gente que por meio de piadas nos ensina a conceber a vida com humor. Da gente que nunca deixa de ser animada.
Eu gosto de gente sincera e franca, capaz de se opor com argumentos razoáveis a qualquer decisão.

Gosto de gente fiel e persistente, que não descansa quando se trata de alcançar objetivos e idéias.
Eu gosto da gente de critério, a que não se envergonha em reconhecer que se equivocou ou que não sabe algo. De gente que, ao aceitar seus erros, se esforça genuinamente por não voltar a cometê-los. De gente que luta contra adversidades. Gosto de gente que busca soluções.
Eu gosto da gente que pensa e medita internamente. De gente que valoriza seus semelhantes, não por um estereotipo social, nem como se apresentam. De gente que não julga, nem deixa que outros julguem. Gosto de gente que tem personalidade.
Eu gosto da gente que é capaz de entender que o maior erro do ser humano é tentar arrancar da cabeça aquilo que não sai do coração.

A sensibilidade, a coragem, a solidariedade, a bondade, o respeito, a tranqüilidade, os valores, a alegria, a humildade, a fé, a felicidade, o tato, a confiança, a esperança, o agradecimento, a sabedoria, os sonhos, o arrependimento, e o amor para com os demais e consigo próprio são coisas fundamentais para se chamar GENTE.
Com gente como essa, me comprometo, para o que seja, pelo resto de minha vida... já que, por tê-los junto de mim, me dou por bem retribuído.'

Mário Benedetti


Sim, é dessa gente que eu gosto!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A ARTE DE SER FELIZ

'HOUVE um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa e sentia-me completamente feliz.
HOUVE um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém a minha alma ficava completamente feliz.
HOUVE um tempo em que minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava histórias. Eu não podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, a às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz.


HOUVE um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma regra: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.


MAS, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas e
outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim'.

Cecília Meireles



Já conhecia este texto, mas é uma leitura daquelas que sempre vale a pena reler.
Muito gostosa. No mais, relendo Rubem Alves, que é sempre um mestre também...

Vejo, lá, depois da esquina, minhas férias... AIII, QUE COISA MAIS BOOOAAA! Sossego, tranquilidade, lar doce lar, dormiiiiir muuuito, passear! Aii, adoro! Espero ansiosamente!
Mais facera que porco na lama!

Beijooo!


segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Viva sua escolha!

'A arte vence a monotonia das coisas, assim como a esperança vence a
monotonia dos dias'. G.K. Chesterton


'Existir, para um ser consciente, consiste em mudar, mudar para amadurecer,
amadurecer para se criar indefinidamente'. Henri Bergson



E viver consiste em momentos. Como é bom!
Cantei tanto 'Viva sua escolha' pro povo que suspeito que alguns não querem mais nem me ver. Será que a felicidade irrita?! Hehehe, adooooro estar feliz!



sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Sem título!

Um pouco mais de comprometimento comigo mesma. Com minhas coisas, meus propósitos. As vezes me perco no meio do caminho, no meio de tanta informação: seja isso, faça aquilo, tenha aquele outro. Já disse em algum momento que isso não me serve, definitivamente. Mas as vezes a gente vai indo, se esquecendo um pouco, se desconstruindo, e nem sempre é pra um lado tão bom, a princípio. Sorte que ai você pára e pensa: 'bom, talvez não seja exatamente assim que funcione pra mim.' E ai eu acordo. E consigo me visualizar novamente no meio desse turbilhão.


''Vive menina. Vive. Porque o tempo cura, e traz pra vida da gente um motivo maior pra seguir." Caio F.







''Nós não somos seres materiais em busca de uma experiência espiritual; nós somos seres espirituais vivenciando uma experiência material.'' Theilhard de Chardinmais


E é isso sabe... talvez o momento seja esse, seja assim. Um dia passa, um dia muda e um dia a gente olha pra trás e vê que valeu muito a pena, que apesar das dificuldades a gente se divertia, se relacionava, amava e vivia, sim, dentro de nossas particularidades. Muito bem, sim senhor.

Tem sementinhas que eu plantei. E que na hora necessária estão brotando, irão brotar. Cada sementinha com seu tempo. Cada processo com seu roteiro. Mas sabe que tenho um pouco a sensação nada boa de que tem gente se esquecendo da importância de regar as sementinhas; de cuidar. (Mas não quero pensar em coisa negativas no momento).

E assim caminha a humanidade.
E assim caminha a Drica.

Sexta-feira, sua linda, vemnimimqueeutôfacinho!!! 
Quero descansar, quero férias, quero mudanças.

Quero, quero, querooo! 

;-)




quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Down

'As coisas são como são e não como deviam ser - ou como gostaríamos que fossem.
O que não tem solução, solucionado está - não adianta gastar boa vela com mau defunto.
Se quiser que alguma coisa mude, e não puder fazer nada, espere, que ela mudará por si.
Toda mudança é para melhor: se mudou, é porque não deu certo.
Mais vale passar por um apertinho agora que por um apertão o resto da vida.
Antes de entrar veja por onde vai sair.
Faça somente o que gosta. Para isso, passe a gostar do que faz.
Trate os outros como gostaria de ser tratado.
Não se deve aumentar a aflição dos aflitos.
A única forma de resolver um problema nosso é primeiro resolver o do outro'.

Fernando Sabino - No fim dá certo


'Compreendi que a vida não é uma sonata que, para realizar sua beleza, tem de ser tocada até o fim. Dei-me conta, ao contrário, de que a vida é um álbum de minissonatas. Cada momento de beleza vivido e amado, por efêmero que seja, é uma experiência completa que está destinada a eternidade. Um único momento de beleza e de amor justifica a vida inteira.'

Rubem Alves - concerto para o corpo e alma



Me enchi de livros. Quem sabe me cura um pouco desse momento down. Momentos downs são foda.

Mas eu procuro a alegria. desse meu jeitinho.

Acho que é tudo cansaço. E revolta, ao que, sei, não adianta dispender nenhuma energia. But, fale isso repetidamente internamente, então, acabarei internalizando mais rápido.

Tem dia que a tristeza até acalenta. Um núcleo confortável. É o que me parece.


Beijoooo,

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Reflexões...


Sabe. Tem gente que pára no tempo. Que não vira a página. Que não se permite. Se prende a alguma coisa e fica ali, atado.

Tem gente que vive de lembranças. Vive lembrando daquela época em que era feliz, quando tinha aquele (pseudo) amor, quando convivia com não-sei-quem e trabalhava não-sei-onde.

Acho isso tão triste. Tem tanta coisa pra se viver, tanto coisa pra se fazer, tanto lugar pra conhecer. Tanta vida. E tem gente vivendo o passado. Esperando o dia em que o amor voltar, por exemplo. Gente, se ele se foi, por qualquer motivo, talvez ele não volte. Não viva esperando ele voltar. Viva o que vier, viva o teu hoje. Tem tanta coisa linda pra acontecer! Se ficar parado no tempo, lá atrás, não vai nem ver o que de bom há no teu caminho!  

É tão bom se permitir. Conseguir viver, com a consciência de que cada momento não voltará, e de que cada caminho que tu percorrer vai influenciar o seguinte, e assim, vamos construindo o que chamamos vida.

Pois quando eu for 'velha', tiver os meus 60 e poucos anos, quero seguir o exemplo de um senhor que eu conheço. Quero ter bom humor e disposição. Bom humor e disposição de uma pessoa que viveu e tem lembranças, uma boas, outras nem tanto, mas que ainda vive, porque sabe, que estando encarnados, temos o dever de tentar. Tentar coisas boas. E assim ele vai... deixando boas 'sementinhas'. Provavelmente ele tenha dias ruins, mau humores, tristezas e tudo o mais. Mas ele sabe que, não importa a idade, ele tem o dever de ser feliz!

Viva, viva sua escolha!

Escolha fazer o bem. Escolha transmitir as boas energias. Escolha ser feliz, e, de quebra, compartilhar isso com quem tiver perto de você.

Acredite em si. Acredite nas coisas boas. Elas vem. E as vezes quando menos se espera, realmente.

Só o que vivemos faz sentido.

Boa semana!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Chico Xavier

“Que eu continue com vontade de viver,

mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos,
uma lição difícil de ser aprendida.

Que eu permaneça com vontade de ter grandes amigos,
mesmo sabendo que, com as voltas do mundo,
eles vão indo embora de nossas vidas.

Que eu realimente sempre a vontade de ajudar as pessoas,
mesmo sabendo que muitas delas são incapazes dever,
sentir, entender ou utilizar essa ajuda.

Que eu mantenha meu equilíbrio,
mesmo sabendo que muitas coisas que vejo no mundo
escurecem meus olhos.

Que eu realimente a minha garra,
mesmo sabendo que a derrota e a perda são ingredientes
tão fortes quanto o sucesso e a alegria.

Que eu atenda sempre mais à minha intuição,
que sinaliza o que de mais autêntico eu possuo.

Que eu pratique mais o sentimento de justiça,
mesmo em meio à turbulência dos interesses.

Que eu manifeste amor por minha família,
mesmo sabendo que ela muitas vezes
me exige muito para manter sua harmonia.

E, acima de tudo...
Que eu lembre sempre que todos nós
fazemos parte dessa maravilhosa teia chamada vida,
criada por alguém bem superior a todos nós!

E que as grandes mudanças não ocorrem por grandes feitos
de alguns e, sim, nas pequenas parcelas cotidianas
de todos nós!” (Chico Xavier)


Linda oração né...! Linda como Chico, lindo como o dia que está fazendo hoje!

Beijo do gooordooo!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Bálsamo

"A sua irritação não solucionará problema algum...

As suas contrariedades não alteram a natureza das coisas...
Os seus desapontamentos não fazem o trabalho que só o tempo conseguirá realizar.
O seu mau humor não modifica a vida...
A sua dor não impedirá que o sol brilhe amanhã sobre os bons e os maus...
A sua tristeza não iluminará os caminhos...
O seu desânimo não edificará ninguém...
As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade...
As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você...
Não estrague o seu dia.
Aprenda a sabedoria divina,
A desculpar infinitamente, construindo e reconstruindo sempre...
Para o infinito bem!"


Chico Xavier
 
 
 
 
CONFIE SEMPRE



"Não percas a tua fé entre as sombras do mundo. Ainda Que Os Teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima De ti mesmo. Crê e trabalha. Esforça-te no bem e espera Com paciência. Tudo passa e tudo se renova na terra, mas o que vem do céu permanecerá. De todos os infelizes os mais desditosos são os que perderam a confiança Em Deus e em si mesmo, porque o maior infortúnio é sofrer a privação Da fé e prosseguir vivendo. Eleva, pois, o teu olhar e caminha. Luta e serve. Aprende e adianta-te. Brilha a alvorada além da noite. Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com a aflição ou ameaçando-te com a morte. Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro dia".


Chico Xavier
 
 
 
"Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocarmos nela, corre por nossa conta."



Chico Xavier

terça-feira, 29 de novembro de 2011

;-)

"Aprenda a gostar, mas gostar mesmo, das coisas que deve fazer e das pessoas que o cercam. Em pouco tempo descobrirá que a vida é muito boa e que você é uma pessoa querida por todos.” Rubem Alves


“... Sem tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em lugares onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte... Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: "as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos". Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa.”


"O bom humor espalha mais felicidade que todas as riquezas do mundo. Vem do hábito de olhar para as coisas com esperança e de esperar o melhor e não o pior".


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Pra qualquer dor, qualquer problema: Caio F.

'Estás desempregado? Teu amor sumiu? Calma: sempre pode pintar uma jamanta na esquina.







Tenho um amigo, cujo nome, por muitas razões, não posso dizer, conhecido como o mais dark. Dark no visual, dark nas emoções, dark nas palavras: darkésimo. Não nos conhecemos a muito tempo, mas imagino que, quando ainda não havia darks, ele já era dark. Do alto de sua darkice futurista, devia olhar com soberano desprezo para aquela extensa legião de paz e amor, trocando flores, vestida de branco e cheia de esperança.Pode parecer ilógico, mas o mais dark dos meus amigos é também uma das pessoas mais engraçadas que conheço. Rio sem parar do humor dele- humor dark, claro. Outro dia esperávamos um elevador, exaustos no fim da tarde, quando de repente ele revirou os olhos, encostou a cabeça na parede, suspirou bem fundo e soltou essa: -"Ai, meu Deus, minha única esperança é que uma jamanta passe por cima de mim..." Descemos o elevador rindo feito hienas. Devíamos ter ido embora, mas foi num daqueles dias gelados, propícios aos conhaques e às abobrinhas.






Tomamos um conhaque no bar. E imaginamos uma história assim: você anda só, cheio de tristeza, desamado, duro, sem fé nem futuro. Aí você liga para o Jamanta Express e pede: -"Por favor, preciso de uma jamanta às 30h15, na esquina da rua tal com tal. O cheque estará no bolso esquerdo da calça". Às 20h14, na tal esquina (uma ótima esquina é a Franca com Haddock Lobo, que tem aquela descidona) , você olha para esquina de cima. E lá está- maravilha!- parada uma enorme jamanta reluzente, soltando fogo pelas ventas que nem um dragão de história infantil. O motorista espia pela janela, olha para você e levanta o polegar. Você levanta o polegar: tudo bem. E começa a atravessar a rua. A jamanta arranca a mil, pneus guinchando no asfalto. Pronto: acabou. Um fio de sangue escorrendo pelo queixo, a vítima geme suas últimas palavras: -"Morro feliz. Era tudo que eu queria..."






Dia seguinte, meu amigo dark contou: - "Tive um sonho lindo. Imagina só, uma jamanta toda dourada..." Rimos até ficar com dor na barriga. E eu lembrei dum poema antigo de Drummond. Aquele Consolo na Praia, sabe qual? "Vamos não chores / A infância está perdida/ A mocidade está perdida/ Mas a vida não se perdeu" – ele começa, antes de enumerar as perdas irreparáveis: perdeste o amigo, perdeste o amor, não tens nada além da mágoa e solidão. E quando o desejo da jamanta ameaça invadir o poema – Drummond, o Carlos, pergunta: "Mas, e o humour?" Porque esse talvez seja o único remédio quando ameaça doer demais: invente uma boa abobrinha e ria, feito louco, feito idiota, ria até que o que parece trágico perca o sentido e fique tão ridículo que só sobra mesmo a vontade de dar uma boa gargalhada. Dark, qual o problema?






Deus é naja - descobrimos outro dia.






O mais dark dos meus amigos tem esse poder, esse condão. E isso que ele anda numa fase problemática. Problemas darks, evidentemente. Naja ou não, Deus (ou Diabo?) guarde sua capacidade de rir descontroladamente de tudo. Eu, às vezes, só às vezes, também consigo. Ultimamente, quase não. Porque também me acontece – como pode estar acontecendo a você que quem sabe me lê agora - de achar que tudo isso talvez não tenha a menor graça. Pode ser: Deus é naja, nunca esqueça, baby.Segure seu humor. Seguro o meu, mesmo dark: vou dormir profundamente e sonhar com uma jamanta. A mil por hora'. (Caio F.)
 
 
 
 
Hahahaaha. Eu ri! Tem dias que são assim: dark. Muito dark baby. Tem dias que juro, não tenho paciência... But, lembro de alguma coisa,  rio um pouco, penso em algo bom, e tchê, vamos lá! O que se pode fazer sem 'humour' né Drummond?!
 
Só pode que tô precisando ir no C. Espírita novamente; liberar um pouco as energias punck's. Hoje fui na academia (em plena segunda: vitóoorioa!), e amanhã vou dar uma corridinha pra ver se é isso... liberar essas assombrações! Hihihihi.
 
No mais, a semana vai ser compriiiiiida... nada como a perspectiva de R$ 80,00 balançando na frente de você: vejo a cena! Hahaha. Então, vamos até sábado. Jesus me dê força, e humour!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Mais Marina Colasanti

‘A vida sem amor pode fazer sentido, e muito. É bom que a gente recomece a dizer isso. Mesmo porque há milhões de pessoas sem amor, que viveriam bem mais felizes se de repente a voz geral não lhes buzinasse nos ouvidos que isso é impossível. O mundo só andou geometricamente aos pares na Arca de Noé. Fora disso, anda emparelhado quem pode, quando pode. E o resto espera uma chance, sem nem por isso viver na escuridão.



Antes que se frustrem as expectativas, como aconteceu com o sexo, seria prudente descarregar o amor, tirar-lhe dos ombros a responsabilidade. Ele não pode nos dar tudo. Porque o tudo não existe. O que existe são parcelas, que eternamente somadas e subtraídas, multiplicadas e divididas, nos aproximam e afastam do tudo. (...)


Amor criativo é ótimo, dizem todos. E é verdade. Mas melhor ainda é pegar uma parte da criatividade que está concentrada no amor, e jogá-la na vida. Solta, ela terá possibilidades de contaminar o cotidiano, permear a vida toda e voltar a abastecer o amor, sem deixar-se absorver e esgotar-se por ele. Dedicar-se a relação é importante, dizem todos. E é verdade. Mas qualquer um de nós tem inúmeras relações, de amizade, vizinhança, sociais, e anda me parecendo que concentrar toda a dedicação na relação amorosa pode custar o empobrecimento das outras.


Sim, o amor é ótimo. Porém, acho que vai ficar muito melhor quando sair do foco dos refletores e passar a ser vivido com mais naturalidade. Quando readquirirmos a noção de que não é mais vital do que comer e banhar o corpo em água fria nem mais tranqüilizador do que ter amigos e estar de bem com a própria cara. Quando aceitarmos que não é o sal da terra, simplesmente porque a terra é seu próprio sal, e é ela que dá sabor ao amor.’


Marina Colasanti
 
 
Nada a declarar hoje... já passei por todos os estados de humor possíveis, e nem tô de TPM. Mas que algumas coisas me irritam, ah, isso me irritam!
 
É difícil quando a convivência chega no ponto onde a gente não quer mais nem ver a pessoa, nem ouvir algum som que venha dela. É fodaaaa!
Acho que tô intolerante... só tô gostando de gente educada, e muito bem educada... mas não é todo mundo que é assim, né?!
 
Mas não há de ser nada. Dias melhores virarão!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Eu sei, mas não devia


Marina Colasanti






'Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.






A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.






A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.






A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.






A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.






A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.






A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.






A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.






A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.






A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma'.


Abraço sonolento da tia Drica!

;-)


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Questionando-se

Tem gente que vive assim. Tem gente que não precisa, não tem necessidade. Não é, não precisa ser característica de todos.

Mas já vi que é de mais pessoas. Não estou sozinha no mundo. Hahaha.

Me pergunto porque sim, porque não. O que vou ganhar, o que vou perder indo por este ou aquele caminho.

Mas ao mesmo tempo sei que na vida, nas escolhas da gente, não há certo ou errado. Mas eu me culpo, me cobro, e se deixar, me enlouqueço.

Enlouqueço com tanta pergunta, com tantos 'porques'. Por isso sei que meu remédio é viver mais, e me perguntar menos. De qualquer forma, me conhecendo a, pelo menos 28 anos (ou  tentando de fazê-lo), não vivo sem responsabilidade, porque nem consiguiria. Mas viver um pouquinho mais leve, ah, isso bem que é bom!

As escolhas que foram feitas tiveram seus motivos, suas perspectivas. Sonhos misturados, realidade misturada. Tudo misturado; tudo junto. E agora lembro, como disse o Caio: 'Dá um certo trabalho decodificar todas as emoções contraditórias, confusas, somá-las, diminuí-las e tirar essa síntese numa palavra só, esta: gosto'.

Gosto. Tem coisas que gosto, e coisas que não gosto. Tem pessoas que gosto, já de cara, de antemão. Tem pessoas que não gosto por não conhecer. Tem outras, que talvez eu nem queira conhecer, porque antipatia também acontece assim, por osmose, instantaneamente.

No mais, sinto que com o passar do tempo tudo se torna menos pesado, mais tranquilo, menos apressado. Não tenho mais tanta pressa de ver tudo acontecendo na minha vida. Tenho que conseguir curtir as coisas quando elas acontecem, e ai, não posso tar com os pés lá no futuro (com os olhos, talvez). A gente se permite mais. Sentir mais. Viver mais. Até por saber que tudo passa. O dia é hoje. A hora é agora. As pessoas podem não voltar. Elas podem ficar com uma idéia errada de você, se você deixar.

Ando vivendo o que tenho pra viver.

Outra coisa que penso, é que não dá pra abrir tua vida pra todo mundo. Confiar é bom, mas sabendo-se que nem todos tem a mesma pureza nas atitudes que tu. Acho que essas pessoas escondem-se de si mesmas. Não sei. Pra mim seria impossível fingir ser quem eu não sou. Pensar o que não penso. Fingir que dinheiro é mais importante que tudo, fingir que minha família não é importante. Fingir que eu não sou importante. E confusa. E meio maluca. E meio eu. E completamente eu.

Porque em algum momento, isso aparece, isso te invade, por dentro e por fora. Isso tá ali, ó, tá vendo não?! A espreita, esperando um relax teu pra aparecer. Então, por favor, sem números! Sem encenações. Facilitar é mais fácil, e nem dói.

Seja você, mesmo esse você sendo assim, um questionar-se constante, um duvidar-se contante, um porque?' constante. Vai ver só como é bom ser a gente, assim, se permitindo, até na dúvida. Quem eu sou? Eu sou isso: pelo que me vejo, 'sou feita de dúvidas', como diz Martha Medeiros.É por isso que eu me amo tanto ultimamente. É de tanto me aceitar. Bem assim, como eu sou.




terça-feira, 22 de novembro de 2011

Prosa e relax...

'Prosear é um jeito de falar. Fala sem objetivo definido, como o vôo dos urubus - indo ao sabor do vento. Palavras fluindo. Um jeito taoísta de ser. Para prosa não existe 'ordem do dia', não há conclusões, não há decisões. A prosa não quer chegar a nenhum lugar. A prosa encontra sua felicidade em prosear. Como andar de barco a vela em que o bom não é chegar mas o 'estar indo'. 'A coisa não está nem na partida nem na chegada, mas na travessia', Guimarães Rosa. Prosear é brincar com as palavras. Escrevi uma crônica com o título Tênis x Frescobol, sobre dois tipos de fala. Fala do tipo Tênis tem um objetivo preciso: reduzir o outro ao silêncio por meio de uma cortada. Ter razão. Ganhar o argumento. Convencer. Sempre termina mal. Um ganha, fica feliz e se sentindo superior. O outro perde, fica com raiva e se sentindo inferior. Frescobol é diferente. A felicidade do jogo está em estar acontecendo, em não parar, vai, vem, vai, vem, vai, vem, como numa transa indiana, sem orgasmo, feita de um prazer permanente que não acaba. O orgasmo na transa, como a cortada no tênis, são o fim do brinquedo. Saber prosear, jogar conversa fora, é o segredo das relações amorosas. Nietzsche dizia que quando se vai casar a única pergunta importante a se fazer é 'terei prazer em conversar com essa pessoa quando eu for velho?' Nessa sala estaremos proseando. Falar sobre o que der na telha. Pensamentos avulsos. Dicas. Informações sobre as coisas novas na minha casa. Apareça sempre para prosear!' Rubem Alves

http://www.rubemalves.com.br/


Hoje tô com vontade de prosear. Uma preguiça, uma vontade de atira-se na frente de um bom filme, com um bom (e grande doce), uma coberta, e nada nem ninguém pra incomodar (leia-se novamente: ninguém pra incomodar). Só pra ajudar a não fazer nada. Ah, gosto da minha idéia do dia... posso? As vezes dá uma saudadinha de ter férias, de ficar um pouco sem fazer nada, sem horário, sem stress, sem ter que fazer terapia com todo mundo... hehe; gosto, mas tô cansado! Hoje nãaaoooo! Férias até de mim mesma... Adoro... praia... mar... natureza... mato ao redor! Ahh, é isso! Quem não pode fazer, sonha. (Por hora ao menos).

Beijos da tia Drica

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O valor das pessoas

Estávamos em reunião. Se fala muito, muito se discute, tentando chegar a um consenso. Evolução dos serviços, melhora no atendimento. Pessoas.

Quem vai fazer um curso? Pessoas. Quem vai colocar em prática, para modificar alguma coisa? Pessoas.

Por essas e outras acredito fielmente que quem modifica, constrói ou destrói o mundo são as pessoas.

Quem descobre novas tecnologias? Quem aprimora os processos?

O poder está nas suas mão. Nas minhas. Nas nossas. Cabe a cada um decidir o que fazer com o seu dia, com o seu trabalho, com as suas relações, com o 'como lidar' com qualquer coisa que lhe aconteça.

Por isso que nada substitui as relações entre as pessoas: família, amizade, namoro, enfim. Tudo se faz e se refaz com a participação de seres humanos.

Vitimização não combina. Fugir não combina (nunca se consegue fugir por muito tempo: as fugas nos perseguem). Chorar pode até acontecer, mas combina mais se for de alegria, pra compartilhar.

Eu adoro pessoas. As vezes fico triste, porque nem todos atingem nossas expectativas. Mas assim como a gente muda, os outros também tem esse direito. E pode, vez por outra, não estarem preparados, ou mesmo dispostos a aquilo que a gente quer, no momento que a gente quer. Pra gente isso se chama paciência. Se chama 'o tempo de cada um'. E dentro disso quase tudo pode, quase tudo vale. Pra eles isso pode se chamar paciência também, e um 'ainda não estou pronto'. Ou mesmo 'meu tempo não é este, e nem o mesmo que o seu.'

Somos diferentes. E por isso mesmo, tão ricos. Previsível e chato seria se pudéssemos sempre, predizer o tempo do outro. As surpresas não seriam mais surpresas. As palavras sempre pareceriam se repetir. E a vida seria monótona. Que bom que ninguém consegue dizer ao certo quando vamos encontrar o amor, ou quando vamos morrer. Assim a gente busca todo dias por isso. Assim a gente continua vivendo, porque sempre tem alguma coisa boa pra encontrar, mesmo que não saiba exatamente que hora, em que lugar.

Por isso também não devemos esperar pelos outros: faça você. Quer que algo mude? Faça algo pra mudar. Quer que alguém saiba de algo? Diga. Ninguém tem a obrigação de adivinhar nada, por mais que ás vezes, até queira. Nossas obrigações devem ser, antes de tudo, para com nós mesmos. Fazer o que se quer, porque se quer. Porque se gosta. Porque se quer bem a alguém. Porque o coração pede, a alma pede. Não adianta fechar os ouvidos. E verdade, como diz Martha Medeiros, grita. Tapá-los só vai fazer você remar contra a maré e demorar mais pra chegar onde quer. Faça antes, faça primeiro. Tome a iniciativa.

Entre todos os questionamentos que tenho a respeito da vida, os mais malucos e insistentes são aqueles que definem 'quem eu quero ser quando eu crescer'. Meus relacionamentos não entram nisso. Mesmo quando achei que não soube escolher, acho que tinha a mão de Papai do Céu ali, pra me fazer aprender algo. E sempre segui em frente. E sempre vou seguir.

Um brinde aos relacionamentos: e ao que se pode fazer deles. E as pessoas, que é que constrõem, e destrõem. Que sempre se possa olhar pra trás e ver que, de alguma forma, valeu a pena; mesmo que se aprenda a nunca mais querer repetir algo assim. Que sempre se possa olhar pra frente com esperança nas coisas boas. E, principlamente, que se viva o hoje com um pouquinho mais de alegria, por sermos todos privilegiados por ter amigos, família, trabalho e tudo mais que nos cerca. Pode ter certeza, se te parece que ás vezes teu fardo é muito pesado, tu pode sempre, no mínimo, compartilhar tua dor com alguém. E pra isso, não há substituição.


*Não há substiuição para ouvir a risada mais gostosa do JP... ontem à noite teve festival lá em casa.. nossa... não há dinheiro no mundo que pague!


"Não precisamos de muita coisa, somente uns dos outros." Carlito Maia


domingo, 20 de novembro de 2011

Pedaços


'Não havíamos marcado hora, não havíamos marcado lugar. E, na infinita possibilidade de lugares, na infinita possibilidade de tempos, nossos tempos e nossos lugares coincidiram. E deu-se o encontro'.
Rubem Alves





'A leitura nos leva por mundos que nunca existiram nem existirão, por espaços longínquos que nunca visitaremos. É nesse mundo diferente, estranho ao nosso, que passamos a ver o mundo que vivemos 

de uma outra forma'. Rubem Alves


Saudade de ler Rubem Alves... Clarice, Paulo Coelho, ou um bom livro espírita.. precisando alimentar a alma de novo. Fortalece-la. Pena que não consegui ir ao C. Espírita ontem, fica o compromisso pra semana que vem.


Entre tantos 'serás' me agarro naqueles em que quero acreditar. Viver acho que também é isso, escolher no que ser quer acreditar.




*Mais uma experiência pro meu currículo... bebida e atividade física, realmente não combinam. Bah, pensa numa pessoa ruim... Terminei o trajeto, mas muito mal. Credo.


Boa semana!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Conquistar

Estive vendo uns vídeos do Thiaguinho e da Fernanda. Cara, fiquei pensando: que coisa mais linda que é os dois! Nasceram um pro outro sabe. Dá uma coisa tão boa vê-los juntos. Como se ainda pudesse sim haver inocência, bondade e cumplicidade num relacionamento. Entre duas pessoas adultas, que já viveram muitas coisas, mas que não deixaram de acreditar nos valores da família, dos bons sentimentos...

Sabe, é isso. A paixão passa, mas ficam coisas boas. E quando duas pessoas estão dispostas a se dedicar, a se entregar uma a outra, dá certo; e é bonito; e é real. Não, eu não posso, eu não consigo deixar de acreditar num amor bonito desses... e quando me perguntam: Porque tu tá solteira, é uma menina tão bonita? Eu, eu sei a resposta.

Eu quero isso. Eu quero alguém disposto. Disposto como eu. Com dias bons, dias não tão bons assim, mas disposto a agradar, a fazer um pouco de romance, a ser gentil. A ser tão bom quanto se pode ser. Não quero menos que isso, não quero acreditar que mereça menos que isso. Eu quero um AMOR com letras grandes sim. E não tô falando aqui de um amor sem problemas, de pessoas sem problemas. Mas de pessoas dispostas a resolver seus problemas, a encará-los e não ser tão murrinha, tão egoísta em seus propósitos. Não, não estou voltando a adolescência, e tampouco gostaria de fazê-lo. Acho que a casa dos 20 foi algo maravilhoso (e está sendo). Quero me despir do orgulho, quero me despir do preconceito, quero ser tudo de bom que eu posso ser. Quero alguém que queira conquistar todos os dias. Que disponha tempo, carinho, palavras e gestos pra mim. Que saiba que o amor se faz todos os dias um pouquinho. E que todo dia, construa esse pouquinho comigo.

Acho que isso se resume em uma sentença: bom humor. Com bom humor tudo se resolve. As caras amarradas são substituidas por sorrisos. Os problemas, por tentativas de soluções, mas sem perder o jogo de cintura. E se, por acaso perder, a gente pensa que nada é por acaso. Que tudo tem um jeito. Que o que tiver que ser, será. E continua. Vai em frente. Porque acreditar nas coisas boas é muito bom!


"Tá no jeito de andar
no jeito de viver
ninguém pode mudar
é meu jeito moleque de ser
Não dá pra disfarçar
não tem como esconder
eu sei que vai notar
é meu jeito moleque de ser."

Gosto bastante dessa letra...
Um abraço, aconchegante e gostoso!

Drica ;-)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Boas vibes

"Crê em ti mesmo, age e verá os resultados. Quando te esforças, a vida também se esforça para te ajudar." (Chico Xavier)

Semana com feriadinho... tudo que alguém como eu merece... hahaha
Pra completar, podia aparecer uns R$ 200,00 na minha conta, só pra salvar o mês de novembro, que já começou esguelado... Que meedo de como vou passar o resto do mês! hahaha

Mas o consumismo tá ferrenho... piscina instalada, bici nova... Coisa mais boa!
No mais, tudo na boa! Curtindo a vida. O tempo passando e eu nem tomando conhecimento, de tanto que ando funcionando.

Bem bom!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Citações de 'A arte de amar'

'Visto como o ato sexual sem amor nunca lança uma ponte sobre o abismo entre dois seres humanos, senão momentaneamente.'








'O amor amadurecido é união sob a condição de preservar a integridade própria, a própria individualidade. O amor é uma força ativa no homem; uma força que irrompe pelas paredes que separam o home de seus semelhantes, que o une aos outros; o amor leva-o a superar o sentimento de isolamento e de separação, permitindo-lhe porém, ser ele mesmo, reter sua integridade. No amor, ocorre o paradoxo de que dois seres sejam um e, contudo, permaneçam dois.'







'Além do elemento de dar, o caráter ativo do amor torna-se evidente no fato de implicar sempre certos elementos básicos, comuns a todas as formas de amor. São eles: cuidado, responsabilidade, respeito e conhecimento.'







'O amor não é, primacialmente, uma relação para com uma pessoa específica; é uma atitude, uma orientação de caráter, que determina a relação de alguém para com o mundo como um todo, e não para com um 'objeto' de amor.'







'O amor começa quando uma pessoa sente que as necessidades de outra pessoa são tão importantes quanto as suas próprias.' (Sullivan)







'O amor é um desafio constante; não é um lugar de repouso, mas é mover-se, crescer, trabalhar juntamente.'







'Mas, como em muitos outros aspectos, os valores humanos tornam-se determinados por valores econômicos. O que é bom para as máquinas deve ser bom para os homens - assim diz a lógica. O homem moderno pensa que perde alguma coisa - o tempo - quando não faz as coisas rapidamente; todavia, ele não sabe o que fazer com o tempo que ganha - a não ser matá-lo.'







'Amar é um ato de fé, e quem tiver mesquinha fé terá também mesquinho amor.'







Todas as citações retiradas do livro 'A arte de amar', de Erich Fromm. Demorei, mas terminei de ler! O legal é que não fala de amor romântico, daquele idealizado, mas do amor real. Do que se poder fazer de verdade, de como é de verdade. Com realizade, mas ainda sim, muito bom.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Um pouco de 'Nietzsche para estressados'

'A felicidade é frágil e volátil, pois só é possível senti-la em certos momentos. Na verdade, se pudéssemos vivvenciá-la de forma initerrupta, ela perderia o valor, uma vez que só percebemos que somos felizes por comparação. (...) Imaginar que temos obrigação de ser felizes o tempo todo e em todo lugar é um grande fator de estresse na sociedade moderna. A negação da trsisteza dispara o consumo de antidepressivos e a busca de psicoterapias e nos leva a adquirir coisas que não precisamos. Não exibir um sorriso permanente parece ser motivo de vergonha.' p. 8

'As pessoas mais felizes e realizadas são as que sabem aonde querem chegar e têm metas. Podemos alcançar nossos objetivos de forma mais ou menos eficaz, mas o fato de termos vivido em função de algo acrescenta um valor inestimável à nossa existência. (...) Para ver com clareza e atuar de forma coerente, precisamos de algo parecido com um roteiro pessoal. Experimente o seguinte exercício:
1) Pegue uma folha de papel e trace nela uma linha Vertical;
2) Escreva à esquerda um resumo do que foi sua vida até hoje;
3) À direita, descreva o caminho que gostaria que ela tomasse a partir deste momento;
4) Logo abaixo, anote os passos necessários para seguir em frente com seus roteiro.'

O livro é ótimo! Vou compartilhar aos poucos uma passagens interessantes.
Vale muito a pena.

Abraaaço!


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Dia livre do espelho

Nossa, nossa assim você me mata preguiça! Me mata de não fazer nada, ou melhor, por falta de vontade de fazer alguma coisa. Preguiça de ler. Preguiça de tirar minha bunda da cadeira. Tô com preguiça de existir hoje. Sim, isso é possível baby.

Em casa dei uma geral tri boa hoje: limpei o banheiro, passei pano no chão, piquei e guardei alguns legumes. Separei as coisas que preciso levar amanhã, lavei roupa. Está tudo organizado.

Mas me deu um 'esvaziamento' de energias, da manhã pra tarde, que é quase inacreditável.

Também, maldita hora em que me olhei no espelho hoje. Credo, tá demais: gorda demais, feia demais, sem graça demais.

Esse é meu dia! Prazer em vivê-lo! Tem dias que a gente não deveria precisar olhar-se no espelho.

Eu voto no dia livre do espelho! E aposto que tem mais pessoas, digo, mulheres, que concordam comigo. 

Hoje é o meu dia. Instaurado na República Drica. E tenho dito. ;-) 

Não vejo a hora de descarregar um pouco. Quero dizer, sim, sim, siiim, bebendo uma cevas com a galera no findi. Aguardo ansiosamente.

Beijo da gorda,

hahahaha, tô bandidona!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Coleção

''Quem tem uma razão para viver é capaz de suportar praticamente qualquer coisa."

(Nietzsche)

 
“Amor não tem garantia mas tem devolução. Pode começar do nada, pode acabar de repente, pode não ter fim. Mas tem sempre o meio. O amor é isso que você está vendo: Hoje beija, amanhã não beija, depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém sabe o que será.”
(Caio Fernando Abreu)


"A principal missão do homem, na vida,



é dar luz a si mesmo e tornar-se aquilo


que ele é potencialmente".
(Erich Fromm)


"Se sua rua porventura aparecer



coberta de pétalas caídas


pela inclemência de um vento qualquer,


não faça nada.


Deixe-a assim desordenada


e descabida.


São reticências que sobraram da estação passada.


Acabarão varridas pela própria vida".
(Flora Figueiredo)


É isso.. uma coleção de palavras bonitas.

domingo, 23 de outubro de 2011

Família

Incrível.
A vida hoje me deixou de queixo caído, coração aberto, lágrimas nos olhos e uma sensação de pequenez e ao mesmo tempo de grandiosidade.
Tem coisas da minha infância que até hoje não consigo visualizar. Ter perdido a mãe tão cedo. Meu padrinho que também não me lembro. O vô com sua constante alegria, depois a vó também. A gente, por vez ou outra fica triste, pensando nos caminhos que levaram os queridos a irem dessa pra melhor. Crescer sem um abraço da mão, que não há quem substitui, doeu hoje. Doeu porque meu único tio veio aqui. O único, de 4 irmãos, que ainda vive. E tu consegue ver as marcas disso tudo no olhar dele. Mas consegue ver também, semelhanças com seus avós, talvez com sua mão, e consigo mesma. Como ele disse, é uma ferida que tá sempre aberta. E foi o que eu senti. A ferida tá ali, não dói, porque você vai vivendo, tem suas alegrias, e não lembra das coisas tristes. Mas elas permanecem; assim como as boas. Em mim, e se me perguntam porque pareço quase sempre de bom humor e feliz, respondo que é porque luto todos os dias pra que eu possa fazer uma história com menos perdas. Que se perca tudo que for inevitável, mas se mantenha as coisas boas. Tenho minhas dores, que são sim, ferida aberta. Mas tenho minha alegria, e um sorriso no rosto, e um abraço sempre pronto, e uma esperança de algo bom, de luz.
E ai, entra o espiritismo, que me fez ver que somos seres eternos, e produzimos a todo minuto tudo que acontecerá conosco. Que não há vitimas, que sempre poderemos avançar diante das dificuldades. E que a vida, é sim, e pode ser pra mim, pode ser pra ti e pra todos, bonita.
Consigo entender o porque de certos comportamentos. E talvez isso me deixe, afinal, um pouquinho mais leve. E de novo, e sempre, com a certeza de que um dia vou encontrar a todos e dizer como senti saudades dos momentos que não tive. Mas sei também que se assim aconteceu, Deus permitiu, e temos algo para aprender. Que eu possa aprender o que devo, e que nosso encontro seja cheio de luz. Fiquem todos na paz. E obrigada por quem eu tenho hoje na minha vida. Sempre se pode distribuir o amor para quem ficou.

Amor,
Drica

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Gentileza

"E a gentileza é um dos frutos da árvore do afeto.''



Alkíndar de Oliveira
 
 
'Me deixe vencer. Mas se eu não puder, me deixe ser corajoso na tentativa'.
 
Me sinto tão calma. Como se cada coisa tivesse no seu lugarzinho. É uma paz, vindo de dentro.
 
E hoje é seeeexta!!! Uhuuu!
 
Que Deus no abençoe.
 
Bom final de semana à todos!




quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Abrir-se

Me chamou a atenção a idéia de que a sublimidade pertence somente àquele momento. É passageira. Não há um mundo sublime, uma relação sublime (a menos que você entenda que sublime é perfeito, ao que não concordo).

Eu entrei sim  em alfa, que era o que eu queria. Entrei em alfa e acho que tô voltando aos poucos, devagarinho.
Quero participar mais vezes.
Outra coisa que ela falou me chamou a atenção foi que o que tememos é o que queremos. O medo é de algo que queremos muito.

Várias coisas boas, que mexem contigo, dentro. Pena que não deu tempo de ficar até o final, mas a intenção é de voltar, com certeza. Acho que a todo momento precisamos disso, algum momento, alguma oportunidade de colocar pra fora. Busco isso; já pensei várias vezes em voltar a fazer psicoterapia, mas agora meu bolso não comporta. Mas enquanto isso me salvo bem fazendo atividade física: academia, corrida, (meu projeto de andar de bike). Ouço música, converso com amigos, e vejo ali adiantae uma coisa boa, que eu quero muito, que é o encontro com a pessoa que também está esperando pelo meu encontro. Vejo isso acontecer, como não via antes. Vejo claro, e bonito; vai ser uma coisa muito bonita.
Preciso me envolver mais com certas energias. Boas. Positivas. Espiritualidade é um caminho sem volta. Espiritismo, energias, pessoas que vibrem no bem. Boas atividades.
Acho que a vida é muito mais do que parece. Me motiva essa idéia.

É isso. O movimento é bem vindo. Tentar, se expor, ir, buscar, caminhar, continuar. Eis o mistério da fé. Participar, o resto vem. Coração e cabeça aberta, e os dois estão.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Acontecido

Hoje rolou uma sensação boa. Uma energia, uma coisa que aconteceu de dentro pra fora, como se abrisse meus caminhos daqui pra frente. Não foi forçado, não foi pensado; foi 'acontecido'.
Sabe que ultimamente algumas coisa tem acontecido. Algumas sensações.

Uma coisa de desapegar-se se colocou na minha cabeça. Uma vontade de viver até a última gota. Sem me importar com os outros, com o resto do mundo.

Parece aqui que minhas idéias estão desordenadas. Mas não estão. Estão, pelo contrário, cada uma em seu lugar, como se fosse ordenadamente que elas acontecessem. Tá tudo certo, tá tudo bem. Tudo claro. Tá como como deve estar, onde deve estar. Essa é a sensação.

E não se precisa provar nada a ninguém, basta o que se prova, todos os dias, a si mesmo. E é bastante. E é importante. E é, simplesmente, o que se é. E basta. E é bonito. A gente é bonito. E vale a pena todo dia.

Tudo vai dar certo.
E esse tudo é totalmente suficiente.

Tô lendo um livro bem interessante: 'A arte de amar' Erich Fromm. Fala sobre o amor, mas não romanticamente. Muito interessante mesmo. Vale a leitura. Começei, e parei na página 75. Agora preciso descansar um pouco. O sono tá pegando. E espero que ele não fuja. As últimas noites tive que ficar procurando-o por muitas horas.

Abraços, 

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Como é bom quando é bom!

Puxa! E naqueles momentos em que você quase desisitiu, Deus te brinda com algo bom! E ai dá um gás pra continuar, e mais que isso, continuar acreditando! Já que, as vezes, tenho que fazer um esforço pra continuar acreditando em certas coisas, ou mesmo pessoas.
Terça eu não dava mais nada pelo momento. Tava ali, tava curtindo, mas sem muita expectativa. E ai, do nada, no meio do tumulto e da, talvez, maioria, que em termos de relacionamento, não valia muita coisa (acho que generalizar sempre é perigoso, e quase sempre não é certo), eis que surge alguém. Sim, foi tri bom. Um carinha legal sabe; educado e tals. Sim, existem mais exemplares desses, só que ultimamente tá todo mundo tão deseperado, tão apressado em encontrar alguém. E quando encontra já começa a cobrar, a querer mil satisfações, mil coisas. Bom, a gente não quis nada, só quis curtir o momento; com carinho, com respeito, e na boa. E só. Ponto final. Ele seguiu para um lado, eu para o outro. Foi o fim de uma história curta, mas sinceramente, tri boa.

Acho que dá pra tirar várias coisas disso: não há lugar 'certo' pra se conhecer alguém legal; pode-se ficar com alguém legal e não ter continuidade (e mesmo assim ser bom e ficar guardado); há pessoas com valores, de todos os tipos, mas encontrar alguém que tenha alguns parecidos com os seus é muito legal.
A vida é assim, as coisas acontecem e a gente vai aprendendo com elas. Continuando, vivendo, mas sempre um pouquinho mais experiente, e cada vez mais, acho que, dá pra envelhecer e ficar mais calmo, mais tranquilo, menos cheio de neuras. Curtir a vida numa boa.

Só tem algumas coisas que eu preciso encontrar ainda, dentro de mim, pra depois externá-las. Minha vocação. E a gente continua! (Tá, tá, sei se que sempre irei me reiventar, me redescobrir, não ficamos os mesmos pra sempre, mas tem algumas coisas PONTUAIS pra encontrar = trabalhooooo!).
Acho que tá na hora de sacudir a poeira. Levantar a poeira (em homenagem ao show da Ivete, o qual fui e não vi nada).

Ha! E falta corrida nesse corpo!

;-)

Beiiijooo da tia Drica = que tá alegreee, curtindo uma vibe boa!!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Vibes passageiras

Bah, o Pretinho hoje tava beeem interessante. Falando sobre relacionamentos e tals. Realismo engraçado. É o que há; há de ser ver a vida com graça.

Bom, mas isso me remete ao que ando percebendo em mim mesma ultimamente. Uma semana mais ou menos, repensando. Talvez um pouquinho antes, mas ai ainda não havia me dado conta disso. Ando estressada. Tipo, sem paciência. Muito sem paciência. Tem coisas que não aguento ouvir. Tem coisas que tenho que parar, respirar e responder. Tenho que ficar me policiando a todo momento. E ainda sim, bem difícil. Até ser simpática e solicita com as pessoas está sendo um esforço. Nossa, não me reconheço!

Não sei se é uma fase, algo específico. Mas espero que isso passe, e que eu não precise mais forçar esse tipo de reação. Sim, decidi que não preciso ser perfeita, nem mesmo ficar forçando a barra pra ser feliz todo dia, toda a hora. Ninguém é feliz todo o dia, e andei caminhando por umas vibes e achando que era isso, que era assim. Esse é um ideal que não quero seguir. E preciso me lembrar constantemente disso.

Tudo são tentativas. Tudo são processos. Tudo é a vida.

domingo, 9 de outubro de 2011

Para o JP

Interessante. A vida, no mínimo, é interessante. E não falo de 5 estrelas todos os dias, de festa todo o fim de semana. Não falo de sentimentos sempre a flor da pele, nem de estar 100% do tempo sorrindo.
Nem todo dia é feliz. Mas sobrou sempre alguma coisa boa. Nem todo dia é de festa, mas dentro da gente restou alguma alegria. Tem dia um pouquinho menos. Tem dia um pouquinho mais. Tem dia que nem cabe em si! Tem dia tristinho e cabisbaixo. Tem dia de tudo que é jeito, assim como tem pessoas, humores, famílias e trabalhos. Tem gente que se basta (mas esses ainda não se acharam). Tem gente que precisa de alguém (e, acho, esses também não se acharam). Querer é mais do que precisar. Querer é uma escolha que tem personalidade própria. Querer, optar, escolher ter alguém é um amadurecimento, vem com o tempo. Querer ter alguém é ser livre. Livre pra escolher o que se quer. Não, o amor por um exemplar do sexo masculino não está me movendo ultimamente. Mas tem um amor que está... ver o sorriso do João é uma coisa que eu jamais vou esquecer, em toda a minha vida. Pode o tempo passar, pode tudo acontecer, mas ver aquele rostinho lindo sorrindo pra mim, isso não tem amor que caiba, o peito expande, o coração exalta. É um sentimento lindo o tal de amor.
Esse post é pra ele. Quem sabe um dia ele vai ler e saber, o quanto, desde tão pequeno, foi amado.
Feliz dia das crianças adiantado!
Principalmente pro's realmente crianças; mas também pra'queles que se sentem, vez por outra, inocentes e leves como se fossem. Esses sim, acho que amam!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Martha Medeiros - Trechos de 'Feliz por nada'

'Se as pessoas soubessem que quase sempre vale mais a pena gastar dinheiro com coisas que não vão para dentro dos armários, como viagens, filmes e festas para celebrar a vida'.

'Sempre chega a hora de tirar as rodinhas. Medo e êxtase'. 

'A economia do Brasil vai bem, dizem. Mas pouco valerá se formos uma nação de medíocres com dinheiro.'

'A paz que tanto procuramos não está na previsibilidade e na constância, e sim no reconhecimento de que ambas inexistem: nada é previsível nem constante. E isso enlouquece a maioria das pessoas. Quer dizer que não temos poder nenhum? Pois é, nenhum'.

'Quando estou muito preocupada com alguma coisa, penso: vou morrer. (...) Diante da morte, tudo é bobagem.'

'Estão permanentemente conectadas com os outros, a ponto de perder a conexão consigo próprias.'


'Mais do que rezar para um Deus profético e soberano, acredito que o que nos sustenta passa sim, por uma espiritualidade, porém, menos dogmática. É o cultivo de um espírito de gratidão, sem penitências, culpas e outras tranqueiras. Gratidão por estarmos aqui e por termos uma alma capaz de detectar o sublime no essencial, fazendo com que todo o supérfluo, que não é errado desejar e obter, torne-se apenas uma consequência agradável desse nosso olhar íntimo e amoroso a tudo o que nos cerca.'

'Um dos sintomas do amadurecimento é justamente o resgate da nossa jovialidade, só que não a jovialidade do corpo, que isso só se consegue até certo ponto, mas a jovialidade do espírito, tão mais prioritária.'
'Tudo isso para dizer que certas ocasiões ainda me parecem suficientemente fortes para resistirem intactas na nossa lembrança, e apenas nela.'

'Não temos nenhum domínio sobre os mistérios que nos rondam e sobre as experiências nunca testadas. Então, não importa o que façamos, o risco de dar certo é o mesmo de dar errado, e até quando parece que dá errado, funciona. Qualquer coisa funciona.'

'Regue as plantas, regue suas relações, regue seu futuro, porque sem cuidar, nada floresce.'

'Por fim, pare de pensar. É o melhor conselho que um amigo pode dar a outro: pare de fazer fantasias, sentir-se perseguido, neurotizar relações, comprar briga por besteira, maximizar pequenas chatices, estender discussões, buscar no passado as justificativas para ser do jeito que é, fazendo a linha 'sou rebelde porque o mundo quis assim'. Sem essa. O mundo nem estava prestando atenção em você, acorde. Salve-se  dos seus traumas de infância.'

'Tédio é para os sem inspiração. O mundo oferece estradas, passeatas, eleições, aeroportos, ondas, montanhas, campeonatos, vestibulares, desafios, churrascos, festivais, feriadões, roubadas, gargalhadas, madrugadas e declarações de amor. É assim mesmo, tudo misturado e barulhento. A saudade do silêncio uterino vai lhe surpreender muitas outras vezes. Busque esse silêncio dentro de você.'

'Independência nada mais é do que ter poder de escolha. Conceder-se a liberdade de ir e vir, atendendo suas necessidades e vontades próprias, mas sem dispensar a magia de viver um grande amor. Independência não é sinônimo de solidão. É sinônimo de honestidade: estou onde quero, com quem quero, porque quero.'



*Tem frases que se eu pudesse, colocaria numa caxinha e direto dentro de mim. Pra nunca esquecer, pra usar e abusar. Mas sou humana. Esqueço. Rebusco. Lembro. E continuo.

*As novidades ficam velhas a todo instante. E parece que sempre precisamos de mais novidades. Tenho algumas peças de roupas no meu armário que estão lá e nem foram usadas ainda. Mas, por estarem lá, já, talvez, nem são mais novidades. Será que é isso? Viver de novidade é o caminho?!


"Mas existe verdadeiramente outro rumo? Na verdade, só existe a direção que tomamos. O que poderia ter sido, já não conta.' (Mario Benedetti)