quarta-feira, 7 de maio de 2008

Abaixo um texto que acho bem interessante... às vezes pode parecer (e é!) tão difícil você sentir-se realizado frente à sua vida às suas conquistas... porque parece que o mundo está sempre e cada vez mais exigindo mais da gente... Nada basta, nada é suficiente. Você precisa consumir mais, ser mais, ter mais. A grande sacada pra mim às vezes, quando entro nessas neuras, é a de ver que não sou um super herói (ai vale a dica do livro Heróis de verdade, do Roberto Shinyashiki...), e nem tenho que ser. A vida é cada segundo, cada momento. Ela vai se esvaindo, o tempo vai passando... não há tempo pra deixar de vivê-la, ou pra dizer que iremos fazê-lo depois, quando tivermos isso ou aquilo, quando conquistarmos certo padrão...
Bom, a vida é agora pessoal! Hoje!! "Carpe diem quam minimum credula postero" (agarre o dia, não confie no amanhã).
bjo à todos!
Boa leitura!


Felicidade realista
Mário Quintana

A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
Não bsta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.
Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.
E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda à domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
É o que dá ver tanta televisão.
Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.
Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor próprio.
Dinheiro é uma benção. Quem tem precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e de criatividade.
Ser feliz de uma forma realista é fazer o impossível e aceitar o improvável.
Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar.
É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente.
A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio.
Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. se a meta está alta demais, reduza-a. se você não está de acordo com as regras, demita-se.
Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixar ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nossocoração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade."

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