sábado, 24 de maio de 2008


Boa tarde pessoal!!
Espero que estejam bem..! Olha, posso dizer que hoje realmente é um dia especial... Com fazia algum tempo que eu não ia ao Centro Espírita, hoje à tarde fui fazer uma visita... E foi maravilhoso, como sempre! Me senti bem, em paz, e recebi uma grande benção! Mais uma vez, a certeza de que não podemos desistir nunca, e de que cada momento, cada tombo, cada riso ou lágrima tem sua aprendizagem, tem seu tempo, e seu porque. Obrigado à Deus, pela chance de poder superar minhas fraquezas, e à todos meus amigos, por ser a ponte, muitas vezes, entre meus erros e meus acertos, entre a tristeza e a alegria. Cada dia e cada pessoa guarda sua beleza, e deve ser respeitada por isso. Se hoje, algo que alguém que você quer bem não lhe deixa feliz, ora, respeite, pois, primeiro temos o dever de fazer felizes à nós mesmos, e, bom, o resto se conquista com dedicação, sorrisos e valores...!
Boom, e como não podia deixar de ser, abaixo mais uma maravilhoso texto, de Cecília Meireles. Esperoq ue apreciem!! Ahh, assim como a foto, foi tirada na praia, num pôr-do-sol inesquecível!!
"Houve um tempo em que minha janela
se abria sobre uma cidade que parecia
ser feita de giz. Perto da janela havia um
pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra
esfarelada, e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre
com um balde e, em silêncio, ia atirando
com a mão umas gotas de água sobre
as plantas. Não era uma rega: era uma
espécie de aspersão ritual, para que o
jardim não morresse. E eu olhava para
as plantas, para o homem, para as gotas
de água que caíam de seus dedos
magros e meu coração ficava
completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o
jasmineiro em flor. Outras vezes
encontro nuvens espessas. Avisto
crinças que vão para a escola. Pardais
que pulam pelo muro. Gatos que abrem
e fecham os olhos, sonhando com
pardais. Borboletas brancas, duas a
duas, como refelectidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem
personagens de Lope de Vega. Às
vezes um galo canta. Às vezes um
avião passa. Tudo está certo, no seu
lugar, cumprindo o seu destino. E eu me
sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas
felicidades certas, que estão diante de
cada janela, uns dizem que essas coisas
não existem, outros que só existem
diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a
olhar, para poder vê-las assim."

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