sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Mais Marina Colasanti

‘A vida sem amor pode fazer sentido, e muito. É bom que a gente recomece a dizer isso. Mesmo porque há milhões de pessoas sem amor, que viveriam bem mais felizes se de repente a voz geral não lhes buzinasse nos ouvidos que isso é impossível. O mundo só andou geometricamente aos pares na Arca de Noé. Fora disso, anda emparelhado quem pode, quando pode. E o resto espera uma chance, sem nem por isso viver na escuridão.



Antes que se frustrem as expectativas, como aconteceu com o sexo, seria prudente descarregar o amor, tirar-lhe dos ombros a responsabilidade. Ele não pode nos dar tudo. Porque o tudo não existe. O que existe são parcelas, que eternamente somadas e subtraídas, multiplicadas e divididas, nos aproximam e afastam do tudo. (...)


Amor criativo é ótimo, dizem todos. E é verdade. Mas melhor ainda é pegar uma parte da criatividade que está concentrada no amor, e jogá-la na vida. Solta, ela terá possibilidades de contaminar o cotidiano, permear a vida toda e voltar a abastecer o amor, sem deixar-se absorver e esgotar-se por ele. Dedicar-se a relação é importante, dizem todos. E é verdade. Mas qualquer um de nós tem inúmeras relações, de amizade, vizinhança, sociais, e anda me parecendo que concentrar toda a dedicação na relação amorosa pode custar o empobrecimento das outras.


Sim, o amor é ótimo. Porém, acho que vai ficar muito melhor quando sair do foco dos refletores e passar a ser vivido com mais naturalidade. Quando readquirirmos a noção de que não é mais vital do que comer e banhar o corpo em água fria nem mais tranqüilizador do que ter amigos e estar de bem com a própria cara. Quando aceitarmos que não é o sal da terra, simplesmente porque a terra é seu próprio sal, e é ela que dá sabor ao amor.’


Marina Colasanti
 
 
Nada a declarar hoje... já passei por todos os estados de humor possíveis, e nem tô de TPM. Mas que algumas coisas me irritam, ah, isso me irritam!
 
É difícil quando a convivência chega no ponto onde a gente não quer mais nem ver a pessoa, nem ouvir algum som que venha dela. É fodaaaa!
Acho que tô intolerante... só tô gostando de gente educada, e muito bem educada... mas não é todo mundo que é assim, né?!
 
Mas não há de ser nada. Dias melhores virarão!

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