segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O valor das pessoas

Estávamos em reunião. Se fala muito, muito se discute, tentando chegar a um consenso. Evolução dos serviços, melhora no atendimento. Pessoas.

Quem vai fazer um curso? Pessoas. Quem vai colocar em prática, para modificar alguma coisa? Pessoas.

Por essas e outras acredito fielmente que quem modifica, constrói ou destrói o mundo são as pessoas.

Quem descobre novas tecnologias? Quem aprimora os processos?

O poder está nas suas mão. Nas minhas. Nas nossas. Cabe a cada um decidir o que fazer com o seu dia, com o seu trabalho, com as suas relações, com o 'como lidar' com qualquer coisa que lhe aconteça.

Por isso que nada substitui as relações entre as pessoas: família, amizade, namoro, enfim. Tudo se faz e se refaz com a participação de seres humanos.

Vitimização não combina. Fugir não combina (nunca se consegue fugir por muito tempo: as fugas nos perseguem). Chorar pode até acontecer, mas combina mais se for de alegria, pra compartilhar.

Eu adoro pessoas. As vezes fico triste, porque nem todos atingem nossas expectativas. Mas assim como a gente muda, os outros também tem esse direito. E pode, vez por outra, não estarem preparados, ou mesmo dispostos a aquilo que a gente quer, no momento que a gente quer. Pra gente isso se chama paciência. Se chama 'o tempo de cada um'. E dentro disso quase tudo pode, quase tudo vale. Pra eles isso pode se chamar paciência também, e um 'ainda não estou pronto'. Ou mesmo 'meu tempo não é este, e nem o mesmo que o seu.'

Somos diferentes. E por isso mesmo, tão ricos. Previsível e chato seria se pudéssemos sempre, predizer o tempo do outro. As surpresas não seriam mais surpresas. As palavras sempre pareceriam se repetir. E a vida seria monótona. Que bom que ninguém consegue dizer ao certo quando vamos encontrar o amor, ou quando vamos morrer. Assim a gente busca todo dias por isso. Assim a gente continua vivendo, porque sempre tem alguma coisa boa pra encontrar, mesmo que não saiba exatamente que hora, em que lugar.

Por isso também não devemos esperar pelos outros: faça você. Quer que algo mude? Faça algo pra mudar. Quer que alguém saiba de algo? Diga. Ninguém tem a obrigação de adivinhar nada, por mais que ás vezes, até queira. Nossas obrigações devem ser, antes de tudo, para com nós mesmos. Fazer o que se quer, porque se quer. Porque se gosta. Porque se quer bem a alguém. Porque o coração pede, a alma pede. Não adianta fechar os ouvidos. E verdade, como diz Martha Medeiros, grita. Tapá-los só vai fazer você remar contra a maré e demorar mais pra chegar onde quer. Faça antes, faça primeiro. Tome a iniciativa.

Entre todos os questionamentos que tenho a respeito da vida, os mais malucos e insistentes são aqueles que definem 'quem eu quero ser quando eu crescer'. Meus relacionamentos não entram nisso. Mesmo quando achei que não soube escolher, acho que tinha a mão de Papai do Céu ali, pra me fazer aprender algo. E sempre segui em frente. E sempre vou seguir.

Um brinde aos relacionamentos: e ao que se pode fazer deles. E as pessoas, que é que constrõem, e destrõem. Que sempre se possa olhar pra trás e ver que, de alguma forma, valeu a pena; mesmo que se aprenda a nunca mais querer repetir algo assim. Que sempre se possa olhar pra frente com esperança nas coisas boas. E, principlamente, que se viva o hoje com um pouquinho mais de alegria, por sermos todos privilegiados por ter amigos, família, trabalho e tudo mais que nos cerca. Pode ter certeza, se te parece que ás vezes teu fardo é muito pesado, tu pode sempre, no mínimo, compartilhar tua dor com alguém. E pra isso, não há substituição.


*Não há substiuição para ouvir a risada mais gostosa do JP... ontem à noite teve festival lá em casa.. nossa... não há dinheiro no mundo que pague!


"Não precisamos de muita coisa, somente uns dos outros." Carlito Maia


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