quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Questionando-se

Tem gente que vive assim. Tem gente que não precisa, não tem necessidade. Não é, não precisa ser característica de todos.

Mas já vi que é de mais pessoas. Não estou sozinha no mundo. Hahaha.

Me pergunto porque sim, porque não. O que vou ganhar, o que vou perder indo por este ou aquele caminho.

Mas ao mesmo tempo sei que na vida, nas escolhas da gente, não há certo ou errado. Mas eu me culpo, me cobro, e se deixar, me enlouqueço.

Enlouqueço com tanta pergunta, com tantos 'porques'. Por isso sei que meu remédio é viver mais, e me perguntar menos. De qualquer forma, me conhecendo a, pelo menos 28 anos (ou  tentando de fazê-lo), não vivo sem responsabilidade, porque nem consiguiria. Mas viver um pouquinho mais leve, ah, isso bem que é bom!

As escolhas que foram feitas tiveram seus motivos, suas perspectivas. Sonhos misturados, realidade misturada. Tudo misturado; tudo junto. E agora lembro, como disse o Caio: 'Dá um certo trabalho decodificar todas as emoções contraditórias, confusas, somá-las, diminuí-las e tirar essa síntese numa palavra só, esta: gosto'.

Gosto. Tem coisas que gosto, e coisas que não gosto. Tem pessoas que gosto, já de cara, de antemão. Tem pessoas que não gosto por não conhecer. Tem outras, que talvez eu nem queira conhecer, porque antipatia também acontece assim, por osmose, instantaneamente.

No mais, sinto que com o passar do tempo tudo se torna menos pesado, mais tranquilo, menos apressado. Não tenho mais tanta pressa de ver tudo acontecendo na minha vida. Tenho que conseguir curtir as coisas quando elas acontecem, e ai, não posso tar com os pés lá no futuro (com os olhos, talvez). A gente se permite mais. Sentir mais. Viver mais. Até por saber que tudo passa. O dia é hoje. A hora é agora. As pessoas podem não voltar. Elas podem ficar com uma idéia errada de você, se você deixar.

Ando vivendo o que tenho pra viver.

Outra coisa que penso, é que não dá pra abrir tua vida pra todo mundo. Confiar é bom, mas sabendo-se que nem todos tem a mesma pureza nas atitudes que tu. Acho que essas pessoas escondem-se de si mesmas. Não sei. Pra mim seria impossível fingir ser quem eu não sou. Pensar o que não penso. Fingir que dinheiro é mais importante que tudo, fingir que minha família não é importante. Fingir que eu não sou importante. E confusa. E meio maluca. E meio eu. E completamente eu.

Porque em algum momento, isso aparece, isso te invade, por dentro e por fora. Isso tá ali, ó, tá vendo não?! A espreita, esperando um relax teu pra aparecer. Então, por favor, sem números! Sem encenações. Facilitar é mais fácil, e nem dói.

Seja você, mesmo esse você sendo assim, um questionar-se constante, um duvidar-se contante, um porque?' constante. Vai ver só como é bom ser a gente, assim, se permitindo, até na dúvida. Quem eu sou? Eu sou isso: pelo que me vejo, 'sou feita de dúvidas', como diz Martha Medeiros.É por isso que eu me amo tanto ultimamente. É de tanto me aceitar. Bem assim, como eu sou.




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