quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Caio F.

'Nos últimos dias, isto é, ontem, a trsiteza começou a ceder terreno a uma espécie de -digamos - abnegação. Durmo, acordo, faço coisas, leio muito. E esse vazio que ninguém dá jeito? Você guarda no bolso, olha o céu, suspira, vai a um cinema, essas coisas. E tudo, e tudo, e tudo. Me arruma um namorado, benhê?'

'Cada vez gosto mais da luz, cada vez acho a alegria, o prazer, mais importantes.'

'Mais que tudo, gosto de comprar flores para a casa, deitar no sofá olhando a pamle
ira que começou a entrar janela adentro (...), acender um cigarro e ficar olhando as nuves. Estou achando uma delícia ter 42 anos, mal posso esperar pelos 50, 60, 70, com o baú da memória absolutamente repleto e o coração sabendo mil coisas de tudo. Ando apaixonado por viver, com tudo que isso implica, e espantado pe Passagem do Tempo (maiúsculas respeitosissímas).'

'Joguei sobre você tantos medos, tanta coisa travada, tanto medo de rejeição, tanta dor. Difícil explicar.'

'Dá um certo trabalho decodificar todas as emoções contraditórias, confusas, somá-las, diminuí-las e tirar essa síntese numa palavra só, esta: gosto.'

'Um romantismo que exige sexualidade e amor juntos'.

'O que tem me mantido vivo hoje é a ilusão ou a esperança dessa coisa, "esse lugar confuso", o Amor um dia.'

'Ando feliz, cheio de fé. Fase new-wave, escorrengando às vezes para o after-punk, mas virginianos sempre acabam fazendo uma faxina, fazendo a barba, lavando as meias, as cuecas, tomando vitaminas e andano de biciclieta no parque. Graças a Deus - que existe e, lá de cima, tá vendo tudo. Batalho ferozmente a minha paz.'

'E o amor sem acontecer, quando estou assim todo maduro, e limpo, e pronto, e luminoso como uma maçã no galho, pronta para ser colhida. Ninguém estende a mão para a maçã, pouco antes de começar o processo de apodrecimento.'

'Porque chega uma hora em que você tem que escolher a vida. Eu talvez não saiba bem ainda o que isso significa, mas é claro para mim que a hora dessa escolha é agora, está acontecendo.'

'Venha quando quiser, ligue, chame, escreva - tem espaço na casa e no coração, só não se perca de mim.'

'Fiquei ali parado, procurando alguma coisa que não estava nem esteve ou estaria jamais ali.'

'Dá vontade de amar. De amar de um jeito 'certo', que a gente não tem a menor idéia de qual poderia ser, se é que existe um.'

'E, de qualquer forma, às cegas, às tontas, tenho feito o que acredito, do jeito talvez torto que sei fazer.'

'Tenho aprendido coisas que ainda estão vagas dentro de mim, mal começei a elaborá-las. São coisas mais adultas, acho. Tem sido bom. Amigos contilam em volta, estendem a mão na hora certa. Você vai se enriquecendo em fé.'

'Às vezes é tão estranho ser uma pessoa. A gente é.'

'Tenho uma vontade bets a de voltar, às vezes. Mas é uma vontade semelhante à de não ter crescido.'

Tô aqui, anotando todas essas coisas. No papel a gente junta, junta, não acha mais o que se quer. Assim pelo menos contribui-se para que menos árvorezinhas sejam cortadas, não é!
Algumas não servem pro meu momento, que tá cansado hoje. Vontade de cama, carinho, um pouco de cultura sem cultura ((TV) que ainda não tenho em casa), e sei lá, aquele cuidado de algo pronto, alguém te esperando com um banho, um chocolate e um vinho... Que tal?! Alguém se habilita?!
Ainda tenho anotações do livro dele pra fazer, mas acho que deixo mais pra amanhã. Tô quase terminando, afinal, 450 páginas não é bem assim. Mas vamos que vamos, no findi não quero muita cultura. Me bastarão minhas amigas, cerveja e uma festa. E minha linda family. Incrível como a distância, a saudade, modificam as coisas. Não que eu não achasse isso, mas agora sinto na pele. Sentir sempre é mais forte.


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